Qualquer iniciativa pró-independência de Taiwan será punida, diz chanceler chinês

11:18 | Jan. 14, 2024

Por: AFP

O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, garantiu, neste domingo (14), que qualquer iniciativa a favor da independência de Taiwan será "duramente punida", um dia depois de a ilha ter desafiado as advertências de Pequim ao eleger Lai Ching-te como presidente.

Lai Ching-te, candidato da situação, venceu no sábado (13) a eleição presidencial em Taiwan e prometeu defender a ilha das "intimidações" da China. Pequim reagiu imediatamente, reiterando sua intenção de "reunificar" o país separado "de facto" desde 1949.

A China considera essa ilha parte de seu território e nunca deixou de proclamar sua intenção de "reunificar" o país - pela força, se necessário.

"Se alguém na ilha de Taiwan pensa em buscar a independência, estará (...) tentando dividir a China e, sem dúvida, será duramente punido, tanto pela história quanto pela lei", declarou o chanceler chinês em entrevista coletiva ao lado de seu homólogo egípcio, Sameh Shoukry, no Cairo.

"Não importam quais sejam os resultados das eleições. Não podem mudar o fato de que há apenas uma China e Taiwan é parte dela", reiterou Wang.

"Taiwan nunca foi um país. Não foi no passado e certamente não será no futuro", insistiu, na mesma coletiva.

Taiwan e a China continental estão separadas desde 1949, quando as tropas comunistas de Mao Tsé-tung derrotaram as forças nacionalistas. Estas últimas se refugiaram na ilha e impuseram uma autocracia que se tornou uma democracia na década de 1990.

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