Polícia do Equador entra em presídio por novos 'incidentes'

A polícia entrou nesta quarta-feira (5) em um presídio do porto equatoriano de Guayaquil, diante de novos "incidentes" entre detentos após o massacre de 16 deles em outra penitenciária, segundo as autoridades.

Os agentes entraram na prisão denominada Guayas 1 "diante do alerta de incidentes", informou no Twitter no SNAI, organismo estatal que administra o sistema penitenciário.

A polícia também se referiu a "incidentes" sem dar detalhes se se trata de uma rebelião.

"Unidades táticas e operacionais" tentam restabelecer "o controle e a ordem do centro prisional", acrescentou o organismo na mesma rede social.

A prisão Guayas 1 foi palco de quatro dos oito massacres registrados no sistema penitenciário do Equador desde fevereiro de 2021, com quase 400 detentos mortos.

A mais recente aconteceu na segunda-feira no presídio de Latacunga, no centro andino do país, deixando 16 detentos mortos e 43 feridos. A maioria dos corpos foi esquartejado, segundo boletins oficiais.

Dos centros de detenção, grupos como Los Chone Killers, Los Choneros, Los Lobos e Los Tiguerones gerenciam o tráfico de drogas. As organizações travam uma guerra dentro e fora dos presídios pelo controle do negócio.

Só em um massacre morreram 122 presos na mesma prisão de Guayaquil em setembro de 2021, em uma das piores chacinas ocorridas na América Latina.

Os presídios do Equador têm capacidade para 30.200 pessoas, mas têm uma superpopulação de cerca de 32.400, segundo dados divulgados pelo SNAI nesta quarta.

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