Beluga encontrada no rio Sena está estável mas continua sem se alimentar

Entre as opções de resgate está a retirada ou abertura da eclusa com a esperança de que a baleia retorne ao Canal da Mancha

13:08 | Ago. 08, 2022

Uma baleia beluga é vista nadando no rio Sena, na França, perto de uma eclusa em Courcelles-sur-Seine, oeste da França, em 5 de agosto de 2022. A baleia beluga parece estar abaixo do peso e as autoridades estão preocupadas com sua saúde, disseram autoridades regionais. As espécies protegidas, geralmente encontradas nas águas frias do Ártico, subiram a hidrovia e chegaram a uma eclusa a cerca de 70 quilômetros de Paris. A baleia foi vista pela primeira vez em 2 de agosto de 2022 no rio que atravessa a capital francesa até o Canal da Mancha e segue a rara aparição de uma orca no Sena há pouco mais de dois meses (foto: JEAN-FRANÇOIS MONIER / AFP)

A beluga que se encontra desde terça-feira passada no rio Sena, na França, está estável, mas segue debilitada, informou a ONG de defesa dos oceanos Sea Shepherd.

"Não houve piora em seu estado. Está desperta, mas continua sem se alimentar", indicou à AFP a presidente da Sea Shepherd France, Lamya Essemlali.

A beluga é uma espécie protegida de cetáceos que vive habitualmente em águas frias e sua presença em rios é rara.

Desde sexta-feira, ela permanece entre duas eclusas cerca de 70 quilômetros ao norte da capital francesa.

Nesta segunda-feira é esperada a chegada a Eure de uma equipe do Marineland de Antibes (Alpes Marítimos), o maior zoológico marinho da Europa.

"As operações são realizadas desde o início à distância. Avançamos passo a passo. Não há uma solução ideal, é preciso pesar os prós e contras, analisar vantagens e desvantagens" de cada possível solução, declarou à AFP Isabelle Brasseur, diretora de educação, pesquisa e conservação do Marineland.

Entre as opções de resgate está a retirada ou abertura da eclusa com a esperança de que a baleia retorne ao Canal da Mancha.

Várias tentativas de alimentar o animal, "muito magro" segundo a prefeitura, não tiveram sucesso, reduzindo a cada dia suas possibilidades de sobrevivência.

Além disso, uma permanência prolongada nas águas da eclusa, quente e parada em relação a seu meio aquático habitual, é prejudicial para seu estado de saúde.

Segundo o Observatório Pelagis, especializado em mamíferos marinhos, a população de belugas mais próxima vive nos arredores do arquipélago de Svalbard, ao norte da Noruega, a 3.000 quilômetros do Sena.