Mais de um em cada dois refugiados ucranianos podem encontrar trabalho na zona do euro, afirma BCE

10:11 | Jun. 20, 2022

Por: AFP

Mais de um em cada dois refugiados ucranianos que chegam à zona do euro poderiam encontrar trabalho, o que permitiria "aliviar levemente" a falta de mão de obra no mercado de trabalho, afirmou o Banco Central Europeu nesta segunda-feira (20).

Um artigo publicado no boletim mensal da instituição aponta para "uma taxa de atividade a médio prazo de entre 25% e 55% para os refugiados" da Ucrânia em idade de trabalhar.

Para acelerar a integração dos refugiados ucranianos, a UE concedeu a eles o direito de trabalhar.

O aumento da mão de obra "poderia aliviar levemente as tensões observadas no mercado de trabalho da zona do euro", onde "a demanda de mão de obra (é) atualmente dinâmica" e onde observamos "um agravamento da escassez de habilidades", segundo o artigo.

Muitos países europeus, entre eles a Alemanha, a primeira economia da zona do euro, sofrem dificuldades para contratar pessoal e espera-se que a situação piore devido ao envelhecimento da população.

Mas os refugiados ucranianos enfrentam obstáculos que vão desde a falta de competências linguísticas à ausência, em alguns casos, de estruturas de acolhimento para as crianças.

Após o início da ofensiva russa em 24 de fevereiro, a Ucrânia impôs a lei marcial em seu território, que impede que homens entre 18 e 60 anos deixem o país. Sendo assim, as primeiras vagas de refugiados foram essencialmente constituídas por idosos, crianças e mulheres em idade ativa.

No entanto, a médio prazo, espera-se que a população masculina aumente. Entre 50% e 75% dos refugiados que chegam à zona euro estarão em idade ativa, segundo o artigo.

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