OTAN e EUA fazem ajustes finais na resposta para demandas russas

09:38 | Jan. 26, 2022

Por: AFP

A resposta por escrito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e dos Estados Unidos às demandas de segurança apresentadas pela Rússia será enviada até o final desta semana - informaram diferentes fontes diplomáticas da Aliança Atlântica, nesta quarta-feira (26).

Esta resposta está sendo "finalizada", disseram as fontes consultadas pela AFP.

"Muitas das demandas russas são inaceitáveis, ou pouco realistas, mas a resposta identifica uma série de áreas, nas quais é possível trabalhar em suas preocupações", afirmou uma autoridade europeia.

"A pergunta agora é: é isso que os russos estão esperando?", acrescentou.

Em meados de dezembro passado, a Rússia apresentou duas propostas de tratados para limitar drasticamente a influência americana e da OTAN nas proximidades de suas fronteiras.

Os Estados Unidos responderam que estavam prontos para discutir a questão, em consulta com os europeus.

A Rússia exige um compromisso por escrito sobre a não ampliação da OTAN para Ucrânia e Geórgia, além da retirada de forças e armamentos da aliança militar dos países do Leste Europeu que aderiram à OTAN depois de 1997.

Os países ocidentais consideram inaceitável este conjunto de exigências, mas, na prática, congelaram o processo de adesão de Ucrânia e Geórgia. Esta inclusão requer a unanimidade dos 30 membros da aliança militar.

"É fundamental que as garantias de segurança para a Rússia sejam postas por escrito e tenham força de lei", frisou o vice-chanceler russo, dSergey Riabkov, durante a apresentação dos dois textos à imprensa.

As propostas do tratado proibiriam os Estados Unidos de estabelecerem bases militares em qualquer país da antiga União Soviética que não seja membro da OTAN.

Tampouco se poderia usar a infraestrutura destes países "para qualquer atividade militar" e até mesmo "desenvolver uma cooperação militar bilateral".

Da mesma forma, os membros da OTAN se comprometeriam a não expandir a aliança, nem fazer qualquer atividade militar no território da Ucrânia e de outros países da Europa Oriental, do Sul do Cáucaso e da Ásia Central.

Os países ocidentais exigem que a Rússia retire as unidades russas estacionadas em seu próprio território ao longo da fronteira com a Ucrânia e que "diminua" as tensões com o governo ucraniano.

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