Policiais brancos dos EUA são condenados por espancar colega negro disfarçado

Em setembro de 2017, grandes protestos estouraram na cidade de St. Louis, no centro do Missouri, após a absolvição de um policial branco que matou um homem negro durante uma perseguição em 2011

22:22 | Jul. 15, 2021

Os protestos seguiram por outros anos também motivado pela violência policial (foto: AFP)

Os tribunais americanos proferiram as primeiras sentenças contra policiais brancos que, em 2017, espancaram um manifestante negro sem saber que ele era na verdade um colega de trabalho disfarçado. Um juiz federal sentenciou Randy Hays, de 34 anos, a mais de quatro de prisão na terça-feira, 13, depois de se declarar culpado de "uso injustificado da força", de acordo com documentos do tribunal.

Nesta quinta-feira, 15, sua ex-namorada Bailey Colletta, que tentou encobrir o caso, recebeu pena condicional de três anos de prisão por perjúrio, de acordo com o jornal local Saint Louis Dispatch. Em junho, outro agente, Dustin Boone, foi considerado culpado por um júri. Ele será condenado no dia 15 de setembro, exatamente quatro anos após o evento que se tornou emblemático de abuso policial nos Estados Unidos.

Entenda o caso

Em setembro de 2017, grandes protestos estouraram na cidade de St. Louis, no centro do Missouri, após a absolvição de um policial branco que matou um homem negro durante uma perseguição em 2011.

Acreditando que ele era um manifestante, policiais brancos "jogaram e espancaram" o policial à paisana Luther Hall, "embora ele estivesse cooperando e não representasse nenhuma ameaça física", segundo a acusação. Em fevereiro, a cidade de St. Louis concordou em pagar a Hall US$ 5 milhões para resolver um processo civil.

 

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