Nova Zelandia permite eventos com aglomerações e sem uso de máscaras

Sem casos atuais do novo coronavírus registrados, o país também estuda abrir suas fronteiras para turistas de países vizinhos

21:41 | Mar. 22, 2021

O Rhythm & Vines Festival acontece anualmente na cidade de Gisborne (foto: Rhythm & Vines / Reprodução)

Em uma realidade bem diferente da atual condição do Brasil e de outras partes do mundo, a Nova Zelândia já permite eventos com aglomerações, inclusive festivais de música que reúnem milhares de pessoas. Isso porque o país da Oceania foi exemplo nas ações de contenção do vírus. Desde o início da pandemia, a Nova Zelândia registrou apenas 2.462 casos e 26 mortes e desde novembro não é registrada transmissão interna.

De acordo com a BBC, a Nova Zelândia interrompeu a transmissão comunitária do vírus ainda em abril de 2020. A cidade mais populosa do país, Auckland, chegou a registrar quatro casos em agosto do mesmo ano, resultando em nova quarentena. Em fevereiro último, a cidade chegou a ter lockdown anunciado. A medida, no entanto, só durou dois dias.

Não demorou para que grandes eventos, como shows e festivais, voltassem a ser realizados no país. Em outubro do ano passado, a cantora Benee se apresentou se apresentou na Spark Arena, em Auckland. No final de dezembro, o país realizou o festival Rhythm and Vines, o maior evento musical da região. Com duração de 3 dias, o evento reuniu cerca de 20 mil pessoas na cidade de Gisborne.

Se a situação já não fosse incrível, se comparado ao restante do mundo, o público presente ainda não precisou utilizar máscaras ou manter distanciamento social. Por enquanto, os eventos só permitem atrações de artistas locais, para evitar que artistas estrangeiros e membros de sua equipe entrem no país carregando o vírus.

De acordo com a consultoria britânica Brand Finance, a Nova Zelândia foi considerado o melhor país em lidar com a situação da pandemia. Com cerca de 4,886 milhões de pessoas, a região instaurou regime de lockdown quando haviam apenas 102 casos da doença registrados. Na época, a primeira-ministra Jacinda Ardern decretou que apenas serviços essenciais continuariam abertos e, inclusive, idas ao supermercado eram restritas a um membro da família.

O país agora se prepara para receber seus primeiros turistas internacionais. Além de permitir voos de ilhas vizinhas, a Nova Zelândia está em processo de acordo para autorizar que passageiros com origem na Austrália entrem no país sem a necessidade de uma quarentena.