Papa madruga para rezar sozinho diante da Virgem Maria, em uma praça de Roma

Ao meio-dia, de uma janela do palácio apostólico, o papa explicou que sua saída matinal foi para "evitar o risco das multidões"

11:36 | Dez. 08, 2020

Papa Francisco celebrando uma Santa Missa privada no altar de Santo Inácio de Loyola em Roma (foto: AFP)

O papa Francisco evitou as multidões e compareceu, antes do amanhecer, a uma praça do centro de Roma para fazer uma oferenda de flores e rezar diante da imagem da Virgem Maria, devido ao dia da Imaculada Conceição.

Ao meio-dia, de uma janela do palácio apostólico, o papa explicou que sua saída matinal foi para "evitar o risco das multidões", uma norma das autoridades "que é preciso obedecer".

Sob uma forte chuva, o pontífice compareceu às 7 da manhã à Praça da Espanha, onde depositou rosas brancas ao pé da coluna da Imaculada Conceição, coroada por uma estátua de bronze da Virgem Maria.

Rezou por todos os que em Roma e no mundo "estão afetados pela doença e pelo desânimo", segundo um comunicado do Vaticano.

Todo 8 de dezembro desde meados do século passado, os romanos celebram esta festa. Neste ano, foi reduzida à menor expressão possível devido à pandemia do coronavírus, que já deixou mais de 60.000 mortos na Itália.

Os bombeiros de Roma fazem uma oferenda à Virgem Maria nesta data e colocam um ramo de flores, com a ajuda de um guindaste, nos braços da estátua da praça da Espanha. Nesta terça-feira, ficaram surpresos ao encontrar o papa chegando em um carro pequeno para rezar diante da estátua, segundo relataram em sua conta no Twitter.

Nesses dias, Francisco decretou um ano especial dedicado a São José, esposo de Maria. Em uma carta apostólica, explica que a pandemia mostrou a importância das pessoas "simples", como era José, "um homem que passou despercebido, um homem de presença diária, discreta e escondida".

O papa expressou novamente nesta terça-feira seu agradecimento aos "médicos, enfermeiras e enfermeiros, funcionáros de supermercado, equipes de limpeza, motoristas, forças de ordem, padres, religiosas e tantos outros que entenderam que ninguém se salva sozinho" e "estão escrevendo hoje acontecimentos decisivos de nossa história".

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