Há quase 50 anos, estudo previu o fim da civilização como conhecemos a partir de 2020

No próximo ano, segundo o estudo, a humanidade vai presenciar um agravamento acentuado do cenário. A qualidade de vida cairá até chegar a praticamente zero e a poluição começará a matar pessoas

22:18 | Dez. 25, 2019

Qual o futuro da nossa terra? (foto: Arquivo)

Um computador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, MIT em inglês, previu o futuro da civilização na Terra para os próximos 100 anos e o resultado não é animador. Datado de 1974, os cálculos analisam o crescimento populacional, a qualidade de vida dos habitantes, disponibilidade de recursos naturais e poluição, mostrando o comportamento das quatro categorias ao longo dos anos.

Conforme o estudo, de 1900 a 2020, o crescimento populacional crescerá e ficará estável. A qualidade de vida teve ápice em 1940 e passou cair desde então. Por sua vez, a disponibilidade dos recursos naturais presentes no planeta - que são finitos - caíram de forma lenta e contínua. Tudo isso impulsionado pelo aumento no nível de poluição, que deu grande salto na década de 1990 e continua crescendo atualmente.

Os cálculos revelaram que à medida que a população terrena cresce, a qualidade de vida e os recursos naturais vão ficando mais escassos e a poluição cresce exponencialmente. No próximo ano, segundo o estudo, a humanidade vai presenciar um agravamento acentuado do cenário. A qualidade de vida cairá até chegar a praticamente zero e a poluição começará a matar pessoas.

O estudo concluiu que os limites do crescimento seriam mais evidentes no ano de 2072, gerando "declínio súbito e incontrolável da população e da capacidade industrial". Há expectativa de que até lá a população mundial será menor do que em 1900, onde haviam menos de 2 bilhões de pessoas, sendo que atualmente existem 7,7 bilhões de habitantes na terra.

A máquina teve como base os trabalhos de Jay Forrester, um dos principais engenheiros de computação do MIT, e os resultados deram origem a pesquisa The Limits to Growth, livro ambiental mais vendido de todos os tempos. A pesquisa foi exibida e detalhada pela Australian Broadcasting Corporation (ABC).