Uber perde licença para atuar em Londres por problemas de segurança

A Uber tem 21 dias para recorrer e pode continuar operando enquanto a Justiça analisa a situação.

12:19 | Nov. 25, 2019

Sugestão de mudança do uso do veículo para oito anos ocorre por causa da pandemia do coronavírus (foto: Deísa Garcêz /Especial para O POVO)

A agência Transport for London (TfL) anunciou nesta segunda-feira, 25, que não vai renovar a licença do Uber, aplicativo de transportes, alegando que ainda faltam diversas melhorias com relação à segurança dos passageiros. Decisão faz com que o Uber seja expulso do mercado europeu mais importante para a empresa. As informações são do Jornal Extra e Revista Fórum. 

Embora a companhia tenha feito alguns progressos em relação a problemas apontados pela Transport for London, o órgão regulador ainda está preocupado com o fato de motoristas não autorizados poderem manipular o aplicativo para transportar passageiros, como afirmou a entidade em um comunicado nesta segunda-feira. A Uber tem 21 dias para recorrer e pode continuar operando enquanto a Justiça analisa a situação.

Além disso, outra preocupação é com a vulnerabilidade do aplicativo, que deixou que motoristas não autorizados pudessem fazer o upload de suas fotos em contas de outros condutores cadastrados, transportando passageiros como se fossem profissionais autorizados.

Esse tipo de infração aconteceu pelos menos em 14 mil viagens, segundo a Transport for London. De acordo com o órgão de transportes britânico, os motoristas com licenças revogadas ou suspensos também puderam criar contas no app e transportar usuários.

Veto atinge 45 mil motoristas cadastrados

Londres é uma das cidades mais lucrativas do mundo para a Uber, fora dos Estados Unidos. As ações da empresa caíam cerca de 5,8% nas primeiras operações desta segunda-feira, antes da abertura do mercado americano.

A Uber vinha operando na capital britânica com uma licença de dois meses, que expira nesta segunda-feira, 25. Foi a última prorrogação concedida, enquanto o órgão regulador analisava as recentes mudanças feitas pela empresa em suas operações. A recusa da Transport for London em continuar respaldando as atividades da companhia, que tem 45 mil motoristas licenciados em Londres, agora põe em dúvida seu futuro no Reino Unido.