Papa Francisco vai ao Japão e pede abolição das armas nucleares

É a primeira vez em quase 40 anos que um pontífice visita o país asiático e as duas cidades atingidas por bombas atômicas, Hiroshima e Nagasaki

16:30 | Nov. 24, 2019

Antes de chegar ao Japão, Papa Francisco visitou a Tailândia. (foto: Vaticano)

O papa Francisco visitou neste domingo, 24, as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, ocasião em que pediu a abolição das armas nucleares, que chamou de "um atentado contínuo que clama aos céus". É a primeira vez em quase 40 anos que um pontífice visita o Japão e as duas cidades atingidas por bombas atômicas.

Francisco visitou um parque localizado no ponto zero da explosão da bomba atômica despejada sobre a cidade por forças americanas há 74 anos. Entre os dias 6 e 9 de agosto de 1945, o armamento nuclear dos Estados Unidos deixou cerca de 200 mil mortos no Japão.

"Este lugar nos faz mais conscientes da dor e do horror de que os seres humanos são capazes de infringir a si mesmos. A cruz bombardeada e a estátua de Nossa Senhora descobertas recentemente na Catedral de Nagasaki nos lembram mais uma vez do horror indescritível sofrido em suas próprias carnes pelas vítimas e suas famílias", discursou sob forte chuva.

O papa também comentou sobre seu compromisso de apoiar o mecanismo internacional de controle de armas, inclusive um tratado que proíbe bombas atômicas. Ele pediu aos líderes mundiais que assumam a causa.

O pedido pelo fim dos armamentos também foi divulgado na conta oficial do pontífice no Twitter.

No mundo atual, onde milhões de crianças e famílias vivem em condições desumanas, o dinheiro gasto e as fortunas obtidas no fabrico, manutenção e venda de armas, cada vez mais destrutivas, são um atentado contínuo que brada ao céu.

— Papa Francisco (@Pontifex_pt) November 24, 2019

Também em Nagasaki, o pontífice visitou um monumento que homenageia 26 cristãos crucificados no fim do século 16 por sua fé. A visita à cidade contou ainda com uma missa celebrada em um estádio de beisebol.

Com informações da Agência Brasil