Paulo Roberto comemora 15º lugar na maratona; Solonei diz que rendeu 20%

13:25 | Ago. 21, 2016

Para ter chance de brigar por uma medalha na maratona masculina dos Jogos Olímpicos do Rio, os brasileiros já haviam avisado que precisavam de um dia quente. O calor atrapalharia todo mundo e ajudaria quem está mais acostumado a esse clima, ou seja, os próprios brasileiros. O dia, porém, amanheceu chovendo no Rio e a prova toda foi sob garoa. Com a umidade alta, não havia muito o que fazer.

"A gente contava com o calor. A gente esperava a quebra, mas, com essa temperatura, todo mundo quebra. Quebra o cara lá da frente, mas quebra também quem está atrás", comentou Paulo Roberto de Paula, o 15.º colocado. Melhor brasileiro, ele foi o único que rendeu dentro do esperado, completando a prova com o tempo de 2h13min56, marca com a qual está acostumado.

"A prova foi boa. Fui oitavo em Londres, 15.º aqui. Foi o mesmo resultado para mim. Cheguei até melhor que em Londres fisicamente, fiz meu melhor. Nunca tinha corrido uma maratona no Brasil, foi a primeira vez. Saio daqui feliz. O 15.º para mim foi bom. Lutei até o fim e já saio com o pensamento em 2020", garantiu.

Já Solonei Silva, que tem 2h11min como melhor tempo da carreira, ficou muito longe disso. Completou a prova em 2h22min05s, no 78.º lugar, e admitiu que "nada do que imaginava" deu certo. Segundo ele, o corpo estava 100%, mas só rendeu 20%.

"Infelizmente existe uma questão de clima que é um dos fatores principais para o nosso desempenho. Fiz treinos 10 vezes melhores do que eu competi hoje (domingo). Correndo sozinho, sem torcida, na rua, eu faria esse tempo. Minha competição ficou muito a desejar. O que eu apresentei hoje foi muito aquém do meu rendimento. Fica a alegria de ter corrido uma Olimpíada em casa e realizado um sonho daquele cara que corria atrás de caminhão de lixo", comentou o corredor, que ganhou o Pan de 2011 e só chegou ao atletismo aos 27 anos.