EI reivindica ataque contra policiais na Bélgica

14:58 | Ago. 07, 2016

Argelino, que tinha passagem pela polícia, feriu duas agentes com facão em Charleroi depois de gritar, em árabe, "Deus é grande". "Estado Islâmico" afirma que agressor era soldado do grupo extremista. O grupo "Estado Islâmico" (EI) reivindicou neste domingo (07/08) o ataque contra duas policiais em Charleroi, ao sul de Bruxelas. No sábado, um argelino de 33 anos, que vivia na Bélgica desde 2012, feriu as agentes a facadas em frente a um posto policial. Ele foi morto com um tiro por outro policial. O terrorista tinha passagem pela polícia por "delitos comuns", informou a Justiça belga. "O agressor de Charleroi é um soldado do EI", divulgou a agência jihadista Amaq. O ataque seria uma resposta aos ataques da coalizão internacional liderada pelo EUA contra os extremistas na Síria e Iraque. O homem armado com um facão gritou as palavras "Allahu Akbar" (Deus é grande, em árabe) antes do ataque. As duas policiais ficaram gravemente feridas no rosto e no pescoço. A Procuradoria Federal belga anunciou horas antes do comunicado do EI a abertura de uma investigação sobre "tentativa de assassinato terrorista". O primeiro-ministro belga, Charles Michel, afirmou que a decisão foi tomada levando em conta "as declarações do autor no momento do ataque". O alerta por ameaça terrorista será mantido no nível 3, numa escala de 4, mas a polícia irá adotar medidas de segurança reforçadas. "Mantemos a mente fria e permanecemos em alerta. Enfrentamos uma nova situação nos últimos meses na Europa. E não só é uma situação exclusivamente belga, mas europeia", declarou Michel. "A Polícia local de Charleroi fez o que tinha que fazer e sem dúvida evitou desta forma uma tragédia que poderia ter sido muito pior." "Não existe risco zero" O primeiro-ministro ressaltou que o governo acompanha de perto a ameaça terrorista, mas ponderou que o "risco zero não existe". "Não podemos nos limitar a Bruxelas." A Bélgica está em alerta desde que homens-bomba atacaram o aeroporto internacional de Bruxelas e uma estação de metrô próxima aos prédios da União Europeia na capital, em 22 de março deste ano. Os atentados, que deixaram 32 mortos, foram reivindicados pelo "Estado Islâmico" (EI). O país lançou seu primeiro ataque contra o EI no Iraque no fim de 2014, como parte dos esforços da coalizão internacional liderada pelos EUA, e neste ano se juntou a uma operação semelhante contra o grupo na Síria. KG/efe/afp/lusa