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Policial responderá por homicídio culposo por matar negro nos EUA

Robert Bates foi acusado, formalmente, pela morte de Eric Harris, no dia 2 de abril

20:07 | 13/04/2015
Promotores do estado de Oklahoma, centro-sul dos Estados Unidos, acusaram o assistente de xerife Robert Bates pela morte a tiros de um homem negro desarmado, que foi registrada em um vídeo, informou nesta segunda-feira uma porta-voz judiciária.

Eric Harris, de 44 anos, suspeito em uma operação encoberta de venda de armas, foi executado em 2 de abril pelo assistente de xerife voluntário da delegacia do condado de Tulsa, que achou que tinha sacado sua arma não letal Taser ao invés da pistola.

Segundo a promotoria de Tulsa, Bates foi acusado de homicídio em segundo grau por "negligência".

"Atirou em mim! Oh, Deus!", ouve-se Harris gritar no vídeo, divulgado no fim de semana, enquanto policiais o jogam na calçada e gritam contra ele. O homem morreu depois no hospital.

Na semana passada, um policial foi acusado de assassinato após a divulgação de um vídeo que o mostra atirando várias vezes contra um homem negro em North Charleston, Carolina do Sul, após detê-lo em um controle rodoviário rotineiro.
 
Confissão 

Bates, contatado pelo jornal Tulsa World, admitiu ter disparado contra Harris, que tinha antecedentes criminais.

"Fui eu", disse Bates, um bem sucedido corretor de seguros local, durante o dia, negando-se a dar maiores declarações sem a presença de seu advogado.

Um policial de Tusla, chamado para investigar o caso, gravado pelos óculos do agente, equipados com uma pequena câmera de vídeo, defendeu Bates, argumentando que ele sacou a arma errada no calor de uma perseguição.

Na Califórnia, dez agentes foram suspensos após terem sido gravados na quinta-feira por um canal de notícias chutando e batendo em um suspeito que fugia a cavalo no condado de San Bernardino.

Nos últimos meses, foram registrados vários casos de cidadãos da comunidade negra, mortos por policiais brancos, reavivando o debate sobre o racismo nos Estados Unidos, que geraram vários protestos, alguns dos quais acabaram em distúrbios.
 
AFP
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