Naufrágio de navio de pesca deixa 54 mortos e 15 desaparecidos
De acordo com os investigadores, a bordo estavam 78 cidadãos russos, 42 birmaneses, cinco homens de Vanuatu, três da Letônia e quatro ucranianos. Mas as autoridades não divulgaram as nacionalidades das vítimas
Ao menos 54 pessoas morreram e 15 estão desaparecidas no naufrágio de um navio de pesca na madrugada desta quinta-feira, 2, no mar de Okhotsk, ao longo do Extremo Oriente russo, provavelmente por uma colisão.
Segundo um oficial citado pela agência de notícias Tass, o pesqueiro transportava 132 pessoas e foi possível "salvar 63 membros da tripulação".
A operação de socorro encontrou ainda "54 corpos" de vítimas do naufrágio do pesqueiro "Dalny Vostok", ocorrido na costa da península de Kamtchatka, 250 km ao sul da cidade de Magadan, a principal desta região isolada do Extremo Oriente russo.
Um responsável do centro de coordenação de resgates da região disse à agência Tass que a bordo do pesqueiro havia 78 russos, ao menos 40 birmaneses, lituanos, ucranianos e vanuatuenses.
"Segundo nossas primeiras informações, 40 feridos foram levados de helicóptero para o hospital de Magadan", informou a assessoria de imprensa do distrito.
"No total, 800 pessoas participaram das operações de busca e resgate", e 26 pesqueiros atuaram no salvamento dos marinheiros sobreviventes.
A imprensa russa citou a possibilidade de o navio ter colidido com blocos de gelo, quando a temperatura era de 0° e o mar estava calmo.
Resgate
As tarefas de resgate nas águas geladas da região contam com a presença de 1.300 pessoas, em 26 embarcações e um helicóptero.
Tatiana Yujmanova, porta-voz do ministério de Situações de Emergência na região de Kamchatka, os trabalhos devem prosseguir até a noite.
"Nove pessoas estão em situação grave, algumas inconscientes e outras em estado choque", disse a porta-voz.
O "Dalny Vostok" era um pesqueiro industrial de 5.700 toneladas e 104 metros concebido para permanecer no mar durante vários meses. O barco pertencia a companhia Magellan LLC, baseada em Nevelsk, porto da ilha de Sakhalin.
AFP