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Tesoureiro do PT e mais 26 viram réus no caso da Petrobras

19:02 | 23/03/2015
Além de João Vaccari Neto, Justiça Federal aceita denúncia contra empreiteiros, operadores e ex-diretores da estatal, acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A Justiça Federal aceitou, nesta segunda-feira (23/03), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto e o ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras, Renato Duque. Além dos dois, outras 25 pessoas também se tornaram réus sob a acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha envolvendo propinas em contratos de obras e serviços da estatal petrolífera. A decisão foi anunciada pelo juiz federal Sergio Moro, de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato da Polícia Federal. De acordo com a acusação do Ministério Público e aceita por Moro Vaccari teve contato próximo com diretores da Petrobras, com quem negociava as comissões provenientes dos contratos, e recebia o dinheiro em forma de doações para campanhas eleitorais do PT. Os pagamentos teriam acontecido entre 2008 e 2010. Segundo o MPF, 24 doações foram feitas em 18 meses, no valor de 4,2 milhões de reais. A denúncia foi apresentada pela promotoria em 16 de março, em decorrência da décima fase da Operação Lava Jato. Entre os denunciados estão, além de Duque e Vaccari, o doleiro Alberto Youssef, apontado como o líder do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras; o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto da Costa; e o ex-gerente-executivo de Serviços e Engenharia José Barusco Filho. Segundo o MPF, Duque e Barusco cobravam 2% de propina para a Diretoria de Serviços da Petrobras, somando 56,4 milhões de reais. Outro 1% iria para Paulo Roberto Costa como parte da cota para a Diretoria de Abastecimento. No total, ele teria recebido 28 milhões de reais. O contrato ainda sofreu pelo menos dez aditivos que teriam custado à Petrobras 569 milhões de reais. Entre os réus há 15 empreiteiros; cinco operadores; quatro ligados aos operadores; dois ex-diretores da Petrobras e um ex-gerente. A denúncia envolve desvios de recursos da Petrobras em quatro obras: Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), Refinaria de Paulínia (Replan), Gasoduto Pilar/Ipojuca e Gasoduto Urucu Coari. As empresas responsáveis pelas obras são OAS, Mendes Júnior e Toyo Setal. Os 27 réus (em ordem alfabética): - Adir Assad: lobista - Agenor Franklin Magalhães Medeiros: diretor da Área Internacional da construtora OAS - Alberto Elísio Vilaça Gomes: executivo da construtora Mendes Júnior - Alberto Youssef: doleiro, suspeito de chefiar o esquema de corrupção - Ângelo Alves Mendes: vice-presidente da construtora Mendes Júnior - Augusto Ribeiro de Mendonça Neto: executivo da Toyo Setal - Dario Teixeira Alves Júnior: suspeito de trabalhar para Adir Assad - Francisco Claudio Santos Perdigão - João Vaccari Neto: tesoureiro do PT - José Aldemário Pinheiro Filho: presidente da construtora OAS - José Américo Diniz - José Humberto Cruvinel Resende: funcionário da construtora Mendes Júnior - Julio Gerin de Almeida Camargo: executivo da Toyo Setal - Lucélio Roberto Von Lehsten Goes: empresário - Luiz Ricardo Sampaio de Almeida - Mario Frederico Mendonça Goes: empresário e pai de Lucélio Goes - Marcus Vinicius Holanda Teixeira - Mateus Coutinho de Sá Oliveira: diretor financeiro da construtora OAS - Paulo Roberto Costa: ex-diretor de Abastecimento da Petrobras - Pedro José Barusco Filho: ex-gerente de Serviços e Engenharia da Petrobras - Renato de Souza Duque: ex-diretor de Serviços da Petrobras - Renato Vinícios de Siqueira - Rogério Cunha de Oliveira: diretor da área de óleo e gás da construtora Mendes Júnior - Sergio Cunha Mendes: vice-presidente executivo da construtora Mendes Júnior - Sonia Mariza Branco: suspeita de trabalhar para Adir Assad - Vicente Ribeiro de Carvalho - Waldomiro de Oliveira: dono da MO Consultoria. PV/efe/ots
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