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Peritos iniciam identificação de vítimas do voo 4U-9525

17:00 | 27/03/2015
Polícia francesa afirma ter recuperado entre 400 e 600 restos mortais e que alguns já foram identificados através de análises de DNA. Resgate dos corpos das 150 vítimas deve durar pelo menos dez dias. A polícia francesa, que está trabalhando no resgate dos corpos das 150 pessoas que estavam a bordo do voo 4U-9525 da Germanwings, afirmou nesta sexta-feira (27/03) que recuperou entre 400 e 600 fragmentos de restos humanos. As buscas foram interrompidas e serão reiniciadas no sábado. "Não encontramos um único corpo intacto", relatou o coronel Patrick Touron, que comanda a operação de buscas. Ele também afirmou que amostras de DNA já foram coletadas de objetos pessoais fornecidos por familiares, como escova de dentes, que podem ajudar a identificar as vítimas, além de joias e outros objetos pessoais. Os restos mortais estão sendo levados a um laboratório improvisado na comuna francesa de Seyne-les-Alpes, próxima ao local da tragédia. Mais de 30 especialistas em análise de DNA e peritos judiciais trabalham na identificação dos corpos. Segundo a polícia francesa, já foram constatadas compatibilidades genéticas, mas as identificações só devem ser oficializadas assim que todos os testes tenham sido feitos. Autoridades francesas estimam que o resgate dos corpos deve durar ainda de dez a 15 dias. Helicópteros levando as equipes até o local onde estão os destroços do Airbus A320 começam a levantar voo cedo para que as buscas possam ser feitas antes do anoitecer. O local é de difícil acesso e oferece complexas condições de trabalho por ser íngreme e escorregadio. Nem mesmo helicópteros conseguem pousar por lá, e as equipes são obrigadas a descer por cabos até o solo. Especialistas esperam avançar nas investigações sobre a queda do avião quando a segunda caixa-preta, que contém registros de dados da aeronave, for encontrada. Na quarta-feira, o presidente francês, François Hollande, afirmou que a peça que carrega a caixa-preta foi encontrada, mas que ela estava vazia. As análises da primeira caixa-preta, com as gravações de áudio no cockpit, indicaram que o copiloto Andreas Lubitz teria voluntariamente e sem motivo aparente colocado o avião em rota de queda, num momento em que o piloto se ausentou da cabine de comando. Ajuda aos familiares A grande movimentação de equipes de resgate, autoridades, jornalistas e familiares de pessoas que morreram na tragédia mudou a rotina dos moradores de Seyne-les-Alpes, a apenas 15 quilômetros do local onde estão os destroços. Uma pequena capela foi montada no ginásio de esportes. Muitos residentes abriram suas casas para receber parentes e amigos das vítimas que chegaram à comuna nesta quinta-feira, para obter mais informações sobre o resgate dos entes queridos. Passageiros de 15 nacionalidades estavam a bordo do AU-9525, sendo a maioria de origem alemã. As autoridades francesas fecharam todos os possíveis acessos à área das buscas, a fim de evitar a presença de jornalistas e curiosos. PV/afp/ap/rtr/dpa
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