
Após desastre do voo da Germanwings, companhias de Irlanda e Noruega se antecipam e estabelecem obrigatoriedade de que sempre haja duas pessoas no cockpit de um avião. Alemães também acenam com mudanças.
Após a revelação de que o copiloto teria deliberadamente derrubado o voo 4U-9525, da Germanwings, companhias aéreas europeias começaram, nesta quinta-feira (26/03), a anunciar mudanças de modo a obrigar que sempre haja duas pessoas dentro da cabine de suas aeronaves.
Segundo as investigações iniciais, feitas com base no áudio de uma das caixas-pretas do A320, o copiloto Andreas Lubitz teria aproveitado a saída do piloto da cabine para trancá-la. A porta teria sido travada por dentro, e a abertura por fora teria sido bloqueada por ele.
Nos Estados Unidos, existe uma lei determinando que, sempre que piloto ou copiloto deixarem a cabine, um membro da tripulação deverá entrar nela e esperar seu retorno. A regra não existe na Europa o que empresas aéreas estão começando a mudar agora, de forma unilateral.
A Norwegian Air Shuttle foi uma das primeiras a anunciar mudanças. "Se uma pessoa deixar o cockpit, duas terão que estar lá", disse Thomas Hesthammer, diretor de operações da companhia norueguesa. "Vínhamos discutindo isso há tempos, mas os acontecimentos aceleraram as coisas."
Nas irlandesas Aer Lingus e Ryanair, as regras também já passaram a valer a partir desta quinta-feira. Segundo o tabloide Bild, as alemãs Lufthansa, Condor, Germanwings, Air Berlin e Tuifly vão em breve estabelecer a regra.
"Nós queremos imediatamente aplicar essas novas regras", afirmou Matthias von Randow, presidente da agência federal alemã de transporte aéreo. Segundo ele, já nesta sexta-feira será discutido como concretizar a alteração.
RPR/dpa/rtr