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Profanadas 200 sepulturas de cemitério judaico na Alsácia, França

18:01 | 15/02/2015
Região fica na fronteira com Alemanha. Dirigentes condenam ato com severidade. Frequência de atos antissemitas vem aumentando na França, levando judeus do país a considerar a emigração. Desconhecidos profanaram cerca de 200 túmulos em um cemitério judaico na localidade de Sarre-Union, no leste da França. Ao divulgar a ocorrência, neste domingo (15/02), o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, disse "condenar com a maior severidade esse ato abominável". "A República não vai tolerar essa nova violação dos valores partilhados pelos franceses", assegurou. Sarre-Union se localiza no departamento do Baixo Reno (Bas-Rhin), na região da Alsácia, próxima à fronteira com a Alemanha. O primeiro-ministro Manuel Valls igualmente censurou a profanação das sepulturas como "um ato vergonhoso e antissemita", assegurando que Paris tudo fará para punir os responsáveis. Também o presidente François Hollande manifestou-se indignado. Netanyahu reitera convite a emigração Nos últimos anos, aumentou sensivelmente a frequência dos ataques de fundo antissemita no país, fato que tem levado parte dos judeus da França a considerar a emigração. Estimada entre 500 mil e 600 mil membros, comunidade judaica francesa é a maior da Europa. Coincidentemente, neste domingo, em reação ao assassinato de um jovem judeu em Copenhague, o primeiro-ministro israelense, Benjamim Netanyahu, havia reiterado o convite à população judaica da Europa para emigrar para seu país, que é "o seu lar". O premiê já fizera um apelo semelhante após os atentados de motivação fundamentalista islâmica em janeiro, contra a sede do jornal satírico Charlie Hebdo e um supermercado kosher em Paris. Em março de 2012, um muçulmano radical também invadiu uma escola judaica em Toulouse, no sul da França, matando três alunos e um professor. AV/afp/epd
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