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Papa defende luta transparente contra a pedofilia

"Não há lugar no ministério da Igreja para aqueles que abusam de menores", insistiu o Papa

10:44 | 05/02/2015
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O Papa Francisco pediu solenemente nesta quinta-feira, 05, a todos os líderes da Igreja para que nunca mais acobertem escândalos de pedofilia, em um mundo em que o nível de conscientização e mobilização ainda é muito desigual.

"Não será levada em conta qualquer tipo de considerações, de qualquer natureza, tais como o desejo de evitar o escândalo", ressaltou nesta carta publicada na véspera da primeira reunião no Vaticano do comitê de especialistas criado pelo Papa para a proteção dos menores.

"As famílias precisam saber que a Igreja não poupará esforços para proteger os seus filhos e que elas têm o direito de recorrer a ela com toda a confiança, porque é uma casa segura", assegurou o Papa.

Críticas

As associações de vítimas, como a rede americana SNAP, continuam a criticar fortemente as deficiências do Papa e do Vaticano sobre o assunto, especialmente quanto a confidencialidade que envolve os processos internos contra padres suspeitos de abusos.

[SAIBAMAIS 3]Nesta quinta-feira, a SNAP pediu ao novo comitê de especialistas para que não se contente em apenas transmitir suas preocupações a um bispo em particular, mas "que levem à justiça e à imprensa" os nomes dos sacerdotes culpados e daqueles que os acobertam.

Em sua carta, Francisco se mostra consciente do fato que no terreno, as normas destinadas à assegurar tolerância zero aos atos de pedofilia nem sempre são bem aplicadas. Desta forma, ordenou às instâncias locais que apliquem as regras e "revisem regularmente" seus procedimentos de luta contra a pedofilia estabelecidos após a diretriz de maio de 2011, sob o pontificado de Bento XVI.

AFP
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