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Egito confirma pena de morte para 183 apoiadores de Morsi

13:00 | 02/02/2015
Eles são acusados da morte de policiais na cidade de Kerdasa, em agosto de 2013. Dos 188 condenados em primeira instância em dezembro, só cinco não têm pena confirmada. Um tribunal egípcio confirmou nesta segunda-feira (02/02) a pena capital para 183 apoiadores da Irmandade Muçulmana, acusados de terem matado ao menos 13 policiais em agosto de 2013, horas depois de a polícia ter matado centenas de manifestantes partidários do destituído presidente Mohammed Morsi, no Cairo. Em 2 de dezembro de 2014, o mesmo tribunal havia condenado à morte, em primeira instância, 188 acusados de terem participado num ataque contra uma frota da polícia em Kerdasa, perto do Cairo, em 14 de agosto de 2013. Nesta segunda, o tribunal manteve a sentença para 183 deles e comutou as penas de cinco. Desses, dois foram absolvidos, um teve a pena reduzida para dez anos de prisão, e o tribunal abandonou as acusações contra dois outros, que já morreram. Dos 188 inicialmente condenados, 143 estão detidos. O veredicto foi anunciado depois de as decisões terem sido ratificadas pelo grande mufti, a mais alta autoridade religiosa do país. Ainda cabe recurso. Assim como outros julgamentos coletivos que levaram à condenação à morte de centenas de partidários de Morsi depois da sua destituição pelo Exército, em 3 de julho de 2013, também este foi criticado pelas organizações internacionais de direitos humanos. Morsi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, foi destituído e preso em 3 de julho de 2013 pelo Exército, comandado pelo general Abdel Fattah al-Sisi, hoje presidente do Egito. Nos meses seguintes, policiais e soldados mataram mais de 1.400 manifestantes pró-Morsi. Centenas deles foram mortos em apenas algumas horas, no dia 14 de agosto de 2013, quando a polícia dispersou duas concentrações no centro do Cairo. Algumas horas mais tarde, uma multidão atacou as forças de segurança da cidade de Kerdasa, matando ao menos 13 policias. AS/lusa/afp/ap
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