Cúpula da UE não descarta sanções à Rússia, caso necessário
Líderes europeus encarregam Comissão Europeia de preparar novas sanções, que serão aplicadas, caso acordo de Minsk seja violado. Problemas gregos não foram tratados em encontro.
A União Europeia (UE) prepara novas sanções à Rússia e aos separatistas, caso o cessar-fogo na Ucrânia, acordado em Minsk, não seja respeitado. A decisão foi tomada durante a cúpula de líderes da UE nesta quinta-feira (12/02), em Bruxelas.
"Se houver dificuldades, nós não descartamos novas sanções", afirmou a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e acrescentou que a Comissão Europeia foi encarregada de preparar essas medidas.
A chanceler disse que o acordo de Minsk é um "fio de esperança", mas que agora as palavras precisam ser traduzidas em "atos". Merkel também confirmou que sanções estipuladas anteriormente irão entrar em vigor na segunda-feira, apesar do plano de paz.
Essas sanções expandem a mais pessoas o bloqueio de contas bancárias e a proibição de entrar no bloco. Elas foram estipuladas após o disparo de mísseis contra a cidade de Mariupol.
Grécia fica de fora
Os problemas da Grécia não entraram na pauta da cúpula. De acordo com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, os líderes não entraram em negociação sobre os problemas econômicos gregos.
Mas antes do início do encontro, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, concordaram em retomar o debate para alcançar um acordo sobre o período posterior ao atual programa de resgate para a Grécia, que se encerra no final deste mês.
O chefe de governo grego autorizou as instituições que integram a troica Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional a iniciar negociações com as autoridades de Atenas para preparar as bases para a reunião da próxima semana.
Armazenamento de dados
Na luta contra o terrorismo, os líderes europeus também pediram que o Parlamento Europeu aprove com "urgência" medidas para o armazenamento de dados de passageiros aéreos. Eles reforçam, no entanto, que a segurança dos dados é fundamental.
Nessa semana, o Parlamento Europeu removeu o bloqueio dessa medida, mas pediu até o fim do ano para formular uma legislação nesse sentido.
CN/dpa/rtr/afp