
Vídeo divulgado pelo "Estado Islâmico" mostra corpo decapitado que seria de Kenji Goto. Jihadistas vinham divulgando apelos do jornalista pela libertação de uma extremista presa na Jordânia em troca de sua liberdade.
O governo do Japão está tentando comprovar a autenticidade de um vídeo divulgado neste sábado (31/01) na internet que mostra o corpo decapitado do refém japonês Kenji Goto. A informação foi divulgada pelo canal público NHK na manhã deste domingo (horário de Tóquio). O governo dos Estados Unidos também informou estar trabalhando para tentar confirmar a veracidade das imagens.
O vídeo mostra um homem encapuzado ao lado de Goto com uma faca encostada no pescoço do refém, e em seguida mostra um corpo com a cabeça sobre ele.
O primeiro-ministro Shinzo Abe colocou prioridade máxima nos esforços para tentar libertar o jornalista, veterano correspondente de guerra, capturado em outubro pelos jihadistas na Síria. Ele foi ao país tentar libertar um outro refém japonês, Haruna Yukawa.
Em outros vídeos divulgados pelo EI durante a semana, Goto apelava aos governos de seu país e da Jordânia que ele só seria poupado pelo grupo islâmico se a Jordânia soltasse a terrorista iraquiana Sajida al-Rishawi, supostamente ligada à rede Al Qaeda, condenada à morte por participação em um atentado terrorista no país.
O governo em Amã chegou a divulgar que estava preparado para soltar a terrorista, mas queria provas de que o piloto jordaniano Mu'ath al-Kaseasbeh, cuja libertação também estava sendo negociada, estava vivo. Mas as provas nunca teriam chegado, segundo as autoridades jordanianas.
Há pouco menos de dez dias, os terroristas anunciaram ter matado Yukawa diante da recusa de Tóquio em pagar 200 milhões de dólares pela vida dos dois reféns. A morte de Yukawa foi divulgada por meio de um vídeo com a imagem de seu corpo decapitado.
MSB/rtr/afp