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Boko Haram não enfrenta resistência de tropas em ataques no nordeste da Nigéria

11:15 | 28/01/2015
Extremistas islâmicos do grupo Boko Haram estão invadindo vilas do Estado de Adamawa, nordeste da Nigéria, matando, incendiando e saqueando a região sem que o governo tenha enviado tropas para proteger os civis, informaram moradores em fuga nesta quarta-feira.

Mais de 40 pessoas foram mortas em sete vilas, onde casas e mesquitas foram destruídas pelo fogo e empresas e residências foram saqueadas nesta semana, segundo Emmanuel Kwache e o integrante do Legislativo estadual Adamu Kamale.

"Eles não poupam nada. Matam pessoas como carniceiros e incendeiam as casas após roubar comida", afirmou Kwache. "Não há a presença de tropas. Alguns moradores estão escondidos no topo da colinas. Os que não conseguiram correr foram sequestrados, particularmente jovens e mulheres."

Desde o início dos ataques, na sexta-feira, Kamale diz ter feito apelos às autoridades para que enviem tropas. Na segunda-feira, afirmou ele, os militantes se transferiram das vilas para a cidade de Michika.

Em Maiduguri, que fica a 200 quilômetros ao norte de Michika, pessoas que fogem de ataques de militantes no vizinho Estado de Borno, dizem, que combatentes do Boko Haram disseram que preparam um "grande túmulo" para eles em Maiduguri e que "não haverá misericórdia". Maiduguri é a maior cidade do nordeste onde tropas expulsaram uma ousada ofensiva de centenas de militantes no domingo. Pelo menos 200 combatentes foram mortos, segundo moradores e forças de segurança.

"Eles dizem que estão nos perseguindo para que possamos todos correr para o grande túmulo que preparam para nós em Maiduguri", disse Aishatu Ba'malum, que fugiu de Monguno, cidade tomada pelos militantes no domingo.

Ba'malum, que se perdeu do marido em meio ao caos da fuga, é uma das mais de 200 mil pessoas que se refugiam em Maiduguri, cidade de 2 milhões de habitantes.

Os extremistas, que são contrários à democracia, intensificam os ataques na medida em que a Nigéria se prepara para as eleições de 14 de fevereiro. Fonte: Associated Press.

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