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Berlim oferece diálogo sobre livre-comércio a Moscou em troca de paz

11:13 | 23/01/2015
Em Davos, Merkel sugere cooperação econômica e negociação sobre espaço comercial de "Lisboa a Vladivostok" caso russos resolvam conflito ucraniano. Cerca de 300 mil empregos na Alemanha dependem de exportações à Rússia. A Alemanha ofereceu à Rússia um acordo de cooperação econômica e, no futuro, discutir até a criação de uma zona de livre-comércio comum, em troca de uma solução definitiva para o conflito na Ucrânia, segundo informações do jornal diário alemão Süddeutsche Zeitung (SZ). A proposta foi feita pela chanceler federal alemã, Angela Merkel, durante as negociações entre União Europeia e União Eurasiática, que ocorrem no Fórum Econômico Mundial em Davos. A condição de Merkel para a sugestão sair do papel é uma solução de paz abrangente para o conflito na Ucrânia, de acordo com o jornal. O ministro alemão da Economia, Sigmar Gabriel, também levantou a discussão na União Europeia sobre o que poderia ser oferecido à Rússia. Segundo o SZ, Gabriel disse em Davos que o próximo passo seria um debate sobre uma zona de livre-comércio. "Devemos oferecer à Rússia uma saída", disse. Perdas para a economia alemã Merkel e Gabriel estariam usando a ideia do presidente russo, Vladimir Putin, de criar um espaço comercial entre "Lisboa e Vladivostok". Além disso, os políticos alemães teriam deixado claro que o incentivo é de longo prazo. No entanto, Moscou precisa primeiro respeitar o acordo de Minsk, assinado em setembro, no qual ucranianos, russos e separatistas acordaram um cessar-fogo. Segundo o diário, Merkel também criticou a anexação da Crimeia por Moscou e afirmou que as sanções econômicas contra a Rússia foram inevitáveis e só poderão ser removidas quando as condições foram cumpridas. De acordo com o presidente da Comissão Econômica Alemã para o Leste Europeu, Eckhard Cordes, as exportações alemãs para a Rússia caíram 18% em 2014, uma perda de aproximadamente 6 bilhões de euros. "Cerca de 300 mil postos de trabalho na Alemanha dependem das exportações com parceiros russos, assim uma queda de 20% pode, no pior dos casos, conduzir a uma redução de 60 mil empregos", disse Cordes. CN/dpa/rtr/afp
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