Netanyahu insinua que convocará eleição antecipada
12:40 | Nov. 30, 2014
Os comentários de Benjamin Netanyahu foram os mais fortes até agora desde de que as discussões sobre eleições antecipadas eclodiram, em consequência ao desacordo gerado sobre a legislação que daria a Israel o status de Estado judeu.
Netanyahu diz que essa legislação é necessária para defender o direito de Israel de existir, enquanto críticos afirmam que isso minaria a democracia e tornaria os cidadãos de minoria árabe "de segunda classe".
Dois dos mais antigos parceiros de coalizão se comprometeram a se opor ao projeto na sua
forma atual, mesmo à custa de derrubar o governo.
Netanyahu advertiu contra essas ameaças, insinuando que ele mesmo iria dissolver o governo se as coisas não mudarem.
"Dificilmente passa um dia sem ditames ou ameaças de renúncias ou um tipo de ultimato ou mais", disse o primeiro-ministro, em uma reunião semanal de gabinete. "Espero que possamos voltar à conduta normal. Isto é o que o público espera de nós. Esta é a única maneira de conduzir o país, se não teremos de suscitar conclusões."
Os comentários foram feitos um dia depois de o ministro das Finanças Yair Lapid, líder do partido de centro Atid Yesh, acusar Netanyahu de praticar uma "política mesquinha" e dizer que há um mês não falava com o primeiro-ministro. O líder do outro partido centrista da coalizão, o ministro da Justiça, Tzipi Livni, advertiu que passar o projeto de lei de nacionalidade poderia forçar eleições antecipadas.
Fonte: Associated Press