Gravação atribuída ao líder do EI anuncia expansão do califado

18:40 | Nov. 13, 2014

"Estado Islâmico" divulga discurso com suposta voz de Baghdadi, que teria sido ferido em ataques aéreos americanos. Extremista pede "vulcões de jihad pelo mundo e diz que ofensiva ocidental fracassou. A organização radical Estado Islâmico (EI) divulgou nesta quinta-feira (13/11) uma gravação atribuída a seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi. No áudio, ele anuncia a expansão do califado aos países do Golfo Pérsico e do norte da África, onde, garante, outros grupos extremistas lhe juraram lealdade. A gravação de 17 minutos é divulgada após relatos contraditórios de que Baghdadi teria sido ferido em uma das incursões aéreas americanas no Iraque. Na terça-feira, os Estados Unidos admitiram não poderem confirmar se ele foi morto ou ferido na ação, perto da cidade de Falluja. No áudio, o líder terrorista convoca ataques contra os governantes da Arábia Saudita, dizendo que seu autodeclarado califado está se expandindo em terras sauditas e em quatro outros países árabes. Ele também declarou que a campanha militar liderada pelos EUA está fracassando, e pediu vulcões de jihad (guerra santa) pelo mundo afora. "Damos a boa notícia da expansão do EI a Arábia Saudita, Iêmen, Egito, Líbia e Argélia, e anunciamos a aceitação de nossos irmãos que nos juraram lealdade nesses países", disse o líder extremista, que considerou os territórios citados como "províncias" de seu califado. Desde que o Estado Islâmico lançou uma ofensiva no Iraque, em junho, a Arábia Saudita enviou milhares de soldados para a fronteira. Na época, o rei Abdullah prometeu tomar medidas para proteger a Arábia Saudita, classificando o grupo radical como uma organização terrorista. A autenticidade do discurso divulgado nesta quinta-feira não foi confirmada, e a gravação não leva data. Porém, possui uma menção a um anúncio de 7 de novembro do presidente Barack Obama, na qual ele aprovou o envio de soldados adicionais ao Iraque. Os jihadistas do EI, que declaram um califado no Iraque e na Síria, controlam partes dos dois países. RPR/rpr/efe/afp