Protesto na Venezuela termina em violência e 3 mortes
01:50 | Fev. 13, 2014
As mortes ocorrem após uma onda de protestos liderados por estudantes, que se tornaram cada vez mais violentos nas últimas duas semanas. A raiva dos manifestantes é impulsionada pela falta de habilidade de Maduro em lidar com temas como inflação, crimes e direitos humanos.
Maduro expressou pesar sobre as fatalidades e culpou grupos fascistas, acusando-os de tentar tirá-lo do poder. "Quem sair para provocar violência e sem a permissão de se manifestar será detido", anunciou Maduro em um discurso televisionado nacionalmente no 200º aniversário de uma importante batalha na guerra da independência da Venezuela.
No entanto, a ameaça não surtiu efeito para deter os líderes mais radicais da oposição, que no fim da noite votou por permanecer nas ruas. Os líderes da oposição afirmaram que a culpa da violência é dos apoiadores do governo, acusando-os de se infiltrarem no fim do protesto de quarta-feira. O grupo afirmou que uma evidência dessa infiltração é a recusa da polícia em utilizar a força para deter um pequeno grupo que atirava pedras.
Entre os mortos está o líder do grupo pró-governo 23 de janeiro. O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, disse que o "revolucionário" conhecido pelo apelido de Juancho foi "vilmente assassinado pelos fascistas", mas não forneceu mais detalhes.
Durante a manifestação também morreu Bassil Da Costa, um estudante de marketing, de 24 anos. A terceira vítima, morta a tiro no bairro de Chacao, ainda não foi identificada. A tranquilidade retornou à capital da Venezuela perto da meia-noite.
O ministro do Interior, Miguel Rodriguez Torres, disse que 30 manifestantes contrários ao governo foram presos e estão sendo investigados por incitar a violência. Inti Rodriguez, membro do grupo de direitos humanos Provea, afirmou que mais de vinte pessoas se feriram e estão sendo tratadas em hospitais. Fonte: Associated Press.