Mais um cubano abandona Mais Médicos

17:29 | Fev. 10, 2014

Ortelio Jaime Guerra, que trabalhava no interior de São Paulo, anuncia pelo Facebook que fugiu para os Estados Unidos, mas não dá detalhes. É o segundo caso de deserção enfrentado pelo programa do governo brasileiro. O médico cubano Ortelio Jaime Guerra anunciou nesta segunda-feira (10/02), por sua página no Facebook, que abandonou o programa Mais Médicos. Ele trabalhava no pequeno município de Pariquera-Açu, no interior de São Paulo, e disse que fugiu para os Estados Unidos. Guerra é o segundo caso de abandono do programa por um cubano. O primeiro foi o de Ramona Matos Rodriguez, que trabalhava na cidade de Pacajá (PA) e deixou o Mais Médicos dizendo ter sido enganada. Ela entrou com pedido de refúgio para continuar no Brasil e, ao mesmo tempo, solicitou visto aos EUA. O médico cubano não explicou as razões de ter abandonado o programa. Os EUA, onde ele já se encontra, possuem um programa de vistos especiais para profissionais de medicina de Cuba em missão no exterior que não desejam voltar à ilha caribenha. "Meus amigos de Pariquera-Açu, saibam que tive que ir embora de lá sem falar com ninguém por questões de segurança", escreveu o médico na madrugada de segunda-feira, em portunhol. "Estou bem, agora nos Estados Unidos." O médico disse também que considera a atitude necessária, mas que sempre terá orgulho de Cuba "de minha terra e minhas raízes", escreveu. Guerra comentou que uma foto, postada no dia 2 deste mês, foi tirada em uma de suas últimas noites em São Paulo. A data exata em que partiu para os EUA não é mencionada. A Secretaria de Saúde de Pariquera-Açu e o Ministério da Saúde confirmaram a saída do médico, um dos cerca de 7.400 cubanos participantes do programa do governo federal. Os dois órgãos, no entanto, não deram mais informações sobre o caso. Além das deserções, o programa apresenta problemas em questões de alojamento, alimentação e transporte aos profissionais, que competem aos municípios. Segundo o Ministério da Saúde, foram apontadas irregularidades em 37. Delas, 27 regularizaram a situação. RPR/ abr/ efe/ rtr