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Trabalhadores ocupam ruas das principais cidades brasileiras

17:47 | 11/07/2013
Durante o chamado Dia Nacional de Lutas, várias organizações sindicais convocaram paralisações e passeatas por todo o país. Greve geral, no entanto, não teve adesão desejada em todas as cidades. Diferentemente das manifestações que ocuparam as ruas brasileiras nas últimas semanas, o chamado "Dia Nacional de Lutas é um movimento das classes trabalhadoras. Nos protestos anteriores, bandeiras de partidos e sindicatos não apareciam e chegavam a ser rechaçados pela massa, formada, principalmente, por jovens e estudantes. Agora, as lideranças são claras, e a pauta é composta de reivindicações como a diminuição da jornada de trabalho para 40 horas semanais, reforma agrária, além de mais investimento em saúde e educação. Outras demandas abordam temas como a democratização das comunicações e críticas à terceirização no serviço público. Com a repercussão das manifestações no final do último mês, várias entidades sindicais convocaram as classes trabalhadoras para também irem às ruas nesta quinta-feira (11/07). Entre elas, estão a Força Sindical, CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento dos Sem Terra) e sindicatos de várias categorias. A ideia inicial era um dia de greve geral, mas as paralisações não aconteceram em todas as localidades esperadas. Manifestações e invasões Em Brasília, por exemplo, não houve registro de paralisação de serviços essenciais. Apesar disso, o dia foi marcado por manifestações. Ainda pela manhã, um ato organizado pela força sindical reuniu cerca de 600 pessoas, que caminharam pela Esplanada dos Ministérios. Membros do MST também chegaram a ocupar o prédio do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em protesto contra o que chamam de paralisação da reforma agrária. Eles impediram que os funcionários do órgão entrassem no edifício para trabalhar. Durante a tarde, outra marcha, formada por cerca de mil pessoas, ocupou novamente a Esplanada dos Ministérios, em manifestação composta por sindicatos e partidos políticos. Com o apoio de carros de som, líderes lembravam que, desta vez, as manifestações são formadas por trabalhadores, classe que, segundo os líderes, tem sido esquecida pelo governo Dilma Rousseff. No gramado à frente do Congresso Nacional, dezenas de barracas abrigam agentes penitenciários do Distrito Federal que estão acampados no local há uma semana. A categoria critica a proibição do porte de arma de fogo fora do horário de trabalho alegando que não têm como se defender de ameaças sofridas. Paralisações Em várias cidades do país, serviços foram suspensos e rodovias foram bloqueadas. Em Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS), por exemplo, o transporte público parou. Em Porto Alegre, funcionários dos correios e os bancários também aderiram à paralisação. Na cidade de São Paulo, cerca de 3.500 pessoas ocuparam, de maneira pacífica, várias ruas do centro da cidade. Durante a manhã, várias rodovias de acesso à capital paulista foram bloqueadas. O comércio funcionou normalmente. No Rio de Janeiro, algumas agências bancárias e escolas não funcionaram e estradas também chegaram a ser bloqueadas durante o dia. Paralisações, bloqueios e passeatas também foram registrados em várias outras cidades do país, como Fortaleza (CE), Manaus (AM), Recife (PE), Curitiba (PR), Vitória (ES) e Maceió (AL).

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