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Oposição rejeita resultados de eleição no Camboja

06:33 | 29/07/2013

A oposição cambojana anunciou nesta segunda-feira, 29, que não reconhece a vitória do primeiro-ministro Hun Sen nas eleições legislativas de domingo e exige uma investigação independente sobre supostas fraudes nas eleições.

Ao término de uma consulta considerada injusta pelas organizações locais e internacionais, a oposição - unida como nunca e que obteve resultados muito melhores em comparação com cinco anos atrás - decidiu prosseguir com seu combate.

"O Partido de Salvação Nacional do Camboja (CNRP) não pode aceitar os resultados (...), já que o CNRP encontrou um grande número de irregularidades sérias", disse em um comunicado.
Exige o estabelecimento de um comitê que investigue estas irregularidades, integrado por membros da maioria e da oposição, da Comissão Eleitoral Nacional (NEC), assim como de representantes da ONU e de organizações da sociedade civil, que entregue suas conclusões "no máximo no dia 31 de agosto".

No domingo, o Partido do Povo do Camboja (CPP) do homem forte do país, que ocupa o posto de primeiro-ministro desde 1985, anunciou que conserva a maioria no Parlamento, com 68 assentos, contra os 55 de seus adversários. Pouco antes, a oposição cambojana havia anunciado sua vitória, para depois se retratar sem mencionar nenhum tipo de resultado.

Em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, o chefe da oposição que retornou recentemente do exílio, Sam Rainsy, disse que 1,25 milhão de pessoas desapareceram do censo, no qual havia 1 milhão de nomes falsos e 200.000 duplicados em várias listas. "Não tentamos negociar nossa participação no governo, não nos interessa", afirmou Rainsy.
"O que nos interessa é fazer justiça ao povo cambojano para garantir que sua vontade não seja deformada como ocorreu até agora".

No domingo, várias organizações estrangeiras denunciaram as condições da eleição, em particular a Transparência Internacional, que confirmou desde o fim do processo eleitoral muitas irregularidades.

 

AFP

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