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Comandante rebelde sírio é assassinado pela Al-Qaeda

11:56 | 12/07/2013
Homens armados ligados à Al-Qaeda mataram o comandante do Exército Livre Sírio, Kamal Hamami, no noroeste sírio, informaram um grupo ativista e uma porta-voz da oposição nesta sexta-feira. A ação indica um aumento das tensões e das lutas internas entre grupos que combatem o regime do presidente Bashar Assad.

O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, disse que membros do Estado Islâmico do

Iraque e do Levante - grupo resultante da fusão de braços da Al-Qaeda no Iraque e na Síria - são responsáveis pelo ataque a Hamami.

O incidente ocorre no momento em que o principal bloco opositor da Síria reclama que "elementos no Congresso norte-americano" obstruem os esforços do governo Obama para reforçar o apoio aos rebeldes que lutam para derrubar Assad.

O Observatório informou que Hamami foi morto a tiros depois de os militantes tentarem remover um posto de verificação que ele estabeleceu na montanha de Jabal al-Akrad, na província costeira de Latakia. Segundo o grupo, dois dos homens do comandante ficaram seriamente feridos.

Confrontos ocasionais entre grupos rebeldes e militantes islâmicos já aconteceram em áreas tomadas pelos rebeldes, especialmente no norte, onde a oposição controla uma grande parcela do território.

Também tem havido lutas internas entre grupos curdos e árabes pelo controle do território tomado do governo ao longo da fronteira com a Turquia no último ano, mas esses confrontos diminuíram após um acordo de cessar-fogo no início deste ano.

A morte de Hamami vai salientar a profunda luta pelo poder entre grupos moderados e extremistas que participam da guerra civil síria.

A porta-voz da Coalizão Nacional Síria, Sarah Karkour, disse que o Exército Livre Sírio confirmou a morte de Hamami "pelas mãos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante", mas não divulgou detalhes.

A Coalizão Nacional Síria é um braço do Exército Livre Sírio, que reúne vários grupos rebeldes. O Exército Livre Sírio se reagrupou em dezembro sob um comando rebelde unificado chamado Conselho Militar Supremo, após promessas de recebimento de mais ajuda militar assim que o grupo estivesse estabelecido.

O conselho, que tem apoio do Ocidente, é liderado pelo general Salim Idriss, que desertou do Exército Sírio, e por um grupo de 30 oficiais graduados. Idriss passou 35 anos no Exército sírio e é visto como um moderado secular. Fonte: Associated Press.

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