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Brasil decide não responder a pedido de asilo de Snowden

10:51 | 02/07/2013
Delator de megaesquema de espionagem encaminhou pedidos de asilo a 21 países, segundo o site WikeLeaks. Itamaraty diz que Brasil "não tenciona responder" à solicitação. O Brasil "não tenciona responder" ao pedido de asilo feito pelo ex-consultor da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA Edward Snowden, segundo declarações dadas por Tovar da Silva Nunes, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, às agências de notícias Reuters e Agência Brasil. O Brasil é uma das 21 nações às quais Snowden encaminhou um pedido de asilo, segundo nota publicada pelo site WikiLeaks. Pouco depois, o próprio Snowden teria desistido do pedido de asilo à Rússia por não concordar com a exigência do presidente Vladimir Putin, que condicionara o asilo ao fim do vazamento de informações por parte do delator. Além do Brasil, a Índia e a Polônia rejeitaram o pedido de asilo. Áustria, Finlândia, Islândia, Noruega e Espanha também descartaram o asilo, afirmando que o requerente deve estar em seu território para que o pedido seja válido. França e Suíça disseram não ter recebido o pedido. A França divulgou que um pedido de asilo deve ser feito em território francês, mas que, em alguns casos, pode conceder um documento temporário para que o requerente viaje até o país. A Irlanda negou-se a comentar o caso, mas um porta-voz disse que um pedido de asilo só é válido se feito por uma pessoa que está no país. A China não confirmou ter recebido o pedido. O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que seu país está disposto a considerar um pedido de asilo político de Snowden. Já o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está em Moscou nesta terça-feira, onde vai se encontrar com Putin. Maduro disse que seu país não recebeu nenhum pedido de asilo de Snowden e desconversou quando questionado se levaria Snowden consigo. Mas Maduro defendeu o ex-consultor da NSA. "Ele não matou ninguém e nem plantou uma bomba. O que ele fez foi contar uma grande verdade com o objetivo de prevenir guerras. Ele merece proteção sob as leis internacionais e humanitárias", afirmou, segundo a agência de notícias russa Interfax. AS/afp/rtr/ap/abr

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