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Após golpe militar, presidente deposto do Egito é detido pelo exército

Desde domingo, milhares de egípcios exigem a saída de Mursi em manifestações em massa desde a revolta que derrubou no início de 2011 o presidente Hosni Mubarak

16:17 | 03/07/2013
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Atualizada às 21h39min

O presidente deposto do Egito, Mohamed Morsi, foi levado detido na madrugada desta quinta-feira com os membros de seu gabinete para uma instalação militar, informou à AFP um alto dirigente da Irmandade Muçulmana.

"Mursi e toda a equipe presidencial estão detidos no clube da Guarda Republicana da presidência", disse Gehad al-Haddad, membro da Irmandade Muçulmana, acrescentando que seu pai, considerado o braço-direito de Mursi, está entre os detidos.

Cinco morrem em confrontos entre policiais e partidários de Morsi

Cinco partidários do presidente egípcio Mohamed Morsi, derrubado nesta quarta-feira pelo Exército, foram mortos em confrontos com militares e policiais na cidade de Marsa Matrouh, no noroeste do Egito, informaram as forças de segurança. O incidente deixou ainda dez feridos.

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Exército egípcio depõe presidente Morsi e o substitui por Corte Constitucional

O exército do Egito afastou o presidente Mohammed Morsi, suspendeu a constituição do país e prometeu convocar eleições em breve. Em pronunciamento na televisão estatal egípcia, o general Abdel Fatah al-Sisi afirmou que Morsi será substituído provisoriamente pelo presidente do Tribunal Constitucional.

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Segundo Al-Sisi, os militares consideraram insatisfatória a resposta do governo ao ultimato dado pelas Forças Armadas na segunda-feira e colocarão em marcha um plano próprio. Ele afirmou que haverá diálogo com todas as facções.

Desde domingo, milhares de egípcios exigem a saída de Mursi em manifestações em massa e sem precedentes desde a revolta que derrubou no início de 2011 o presidente Hosni Mubarak.

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Mursi reagiu denunciando um "total golpe de Estado", que não pode ser aceito "por todos os homens livres de nosso país", em uma mensagem postada no Twitter.

Segundo um de seus colaboradores, o presidente também fez um apelo para que todos os egípcios "resistam pacificamente a este golpe".

Após o anúncio, milhares de pessoas reunidas na praça Tahrir comemoraram a decisão. Fogos de artifício iluminaram o centro do Cairo e toda a capital egípcia. "O povo e o Exército estão do mesmo lado", gritaram os manifestantes. Veja galeria de fotos.

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O presidente egípcio Mohamed Morsi e outros dirigentes islamitas estão proibidos de deixar o Egito, informou nesta quarta-feira uma fonte da segurança.

Já um conselheiro de Mursi, Esam al-Hadad, havia denunciado "o golpe de Estado militar" que, segundo ele, ocorreu nesta quarta-feira, após a expiração de um ultimato do exército ao presidente e a proibição de Mursi e de outros líderes islamitas deixarem o país.

"Todos os suspeitos envolvidos nas fugas da prisão de Wadi Natrun em 2011, incluindo o presidente Mohamed Mursi e vários líderes da Irmandade Muçulmana, estão proibidos de sair do território", declarou uma fonte dos serviços de segurança.

Redação O POVO Online com informações da AFP e AE 

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