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Suíços aprovam lei mais rígida sobre concessão de asilo, segundo votações

Segundo as projeções SSR, 76% dos suíços também rejeitaram a iniciativa que pedia a eleição dos membros do governo pelo povo, e não pelo Parlamento

13:45 | 09/06/2013

Os suíços se pronunciaram a favor de uma lei mais rígida sobre a concessão de asilo, segundo os primeiros resultados da votação deste domingo.

Segundo estimativas da emissora de rádio e televisão SSR, com base nos resultados de nove dos 23 cantões suíços, o "sim" a uma lei mais rígida, que pretende conter o fluxo de refugiados para a Suíça, venceu com 79% dos votos.

Os resultados em outros 10 cantões mostram um apoio de entre 61% e 86% à lei mais rígida, que exclui por exemplo a deserção dos motivos considerados válidos para pedir asilo na Suíça.

Segundo as projeções SSR, 76% dos suíços também rejeitaram a iniciativa que pedia a eleição dos membros do governo pelo povo, e não pelo Parlamento, outro tema também submetido à votação.

"O referendo é um desastre para os solicitantes de asilo e os refugiados", afirmou o comitê que defendeu a votação contra as mudanças introduzidas na lei em setembro do ano passado para obter asilo na Suíça.

Atualmente, 48.000 pessoas aguardam uma decisão sobre o pedido de asilo. O número leva em consideração os que chegaram em 2012, 28.631, um número recorde desde 2002. Apenas 11,7% dos aspirantes conseguiram obter asilo em 2012, após anos de espera.

A nova lei sobre o asilo, que é criticada por parte da população, tem como meta principal reduzir o período do procedimento a meses, e não mais anos.

Nova fórmula

Com o estatuto de demandante de asilo, a pessoa que deseja viver na Suíça não pode trabalhar e recebe subsídios do Estado. Na média, a ajuda social concedida é de 1.200 francos suíços (1.000 euros) por mês e por pessoa.
Para a Conferência Episcopal da Suíça, que militava pelo "não" à nova lei, "por trás de cada estatística se escondem destinos de homens e de mulheres".
"Ninguém abandona sua pátria voluntariamente, sem saber o que o futuro reserva em outro país ou continente", destacou a conferência.
Em 2012 os demandantes de asilo na Suíça procediam principalmente da Eritreia, Nigéria, Tunísia, Sérvia e Afeganistão.

AFP

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