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Hong Kong fica em silêncio sobre extradição de Snowden

09:34 | 22/06/2013
Hong Kong ficou em silêncio neste sábado sobre se o ex-agente terceirizado da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), Edward Snowden, deve ser extraditado para os EUA, agora que ele foi acusado formalmente de espionagem, mas alguns legisladores disseram que a decisão deve ser do governo chinês.

Edward Snowden, que se acredita estar escondido em Hong Kong, admitiu ter fornecido informações para a imprensa sobre dois programas ultrassecretos de espionagem eletrônica. Não se sabe se o governo dos EUA fez um pedido formal de extradição à Hong Kong. O comissário de polícia, Andy Tsang, quando foi questionado sobre o desenvolvimento do caso, disse a jornalistas apenas que o caso seria tratado de acordo com a lei. Um comunicado da polícia disse que era "impróprio" para a instituição comentar o caso.

Um legislador, Leung Kwok-hung, disse que Pequim deve instruir Hong Kong a proteger Snowden da extradição, enquanto seu caso se arrasta pela sistema judicial. Leung também pediu ao povo de Hong Kong para "sair às ruas proteger Snowden". Outro legislador, Cyd Ho, vice-presidente do Partido Trabalhista, pró-democracia, disse que a China "deve deixar clara sua posição antes que o caso vá para os tribunais".

Quando a China recuperou o controle de Hong Kong, em 1997, foi concedido à ex-colônia britânica um alto grau de autonomia e direito às liberdades não vistos na China continental. No entanto, Pequim está autorizado a intervir em assuntos que envolvam a defesa e assuntos diplomáticos.

China pediu à Washington explicações após as divulgações dos programas da Agência Nacional de Segurança, que recolhem milhões de registros telefônicos e rastreiam a atividade de estrangeiros na internet em redes norte-americanas, mas não comentou sobre o estado de Snowden em Hong Kong.

O paradeiro de Snowden não é conhecido publicamente desde que ele deixou um hotel de Hong Kong, em 10 de junho. Ele disse em uma entrevista ao "South China Morning Post" que ele esperava ficar na região autônoma da China, porque ele tem fé "nos tribunais e nas pessoas de Hong Kong" para decidir o seu destino. Fonte: Associated Press.

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