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França: Exames comprovam uso de gás sarin na Síria

17:20 | 04/06/2013
Amostras retiradas da Síria e examinadas na França confirmam que gás sarin foi usado muitas vezes no país, declarou nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius. O ministro afirmou que os testes realizados por um laboratório francês "comprovam a presença de sarin nas amostras que temos" e que a França "está certa agora que o gás sarin foi usado na Síria várias vezes e de forma localizada".

O comunicado concluiu: "Será inaceitável que os culpados desses crimes saiam impunes".

Mais cedo, um comunicado da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que "há motivos razoáveis" para acreditar que quantidades limitadas de produtos químicos tóxicos foram utilizados como armas em pelo menos quatro ataques em uma guerra civil na Síria, mas que mais evidências são necessárias para determinar os agentes químicos precisos utilizados ou, quem os usava.

A Comissão de Investigação da ONU argumentou que resultados conclusivos podem ser obtidos somente após amostras de testes serem retiradas diretamente das vítimas, ou do local dos ataques alegados. O órgão pediu que a Síria permita a entrada de uma equipe de especialistas no país, afirmando que o bloqueio ao acesso continua a minar a capacidade da comissão de cumprir seu mandato.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou previamente o uso de armas químicas sua "linha vermelha" para uma intervenção forçada de seu país na Síria. Obama está sob pressão para adotar uma ação em meio a crescentes alegações que as forças do governo do presidente Bashar Assad cruzou essa linha. O comunicado da ONU pareceu fortalecer o argumento do governo Obama que a evidência existente é insuficiente.

O comunicado da comissão para o Conselho de Direitos Humanos sobre as violações no conflito da Síria acusa os dois lados de cometerem crimes de guerra. Em uma mensagem aparente para países europeus que consideram armar os rebeldes sírios, o comunicado alertou que a transferência de armas elevará o risco de violações, provocando mais civis mortos e feridos.

"Crimes de guerra e crimes contra a humanidade se tornaram uma realidade diária na Síria onde relatos angustiantes de vítimas queimam em nossa consciência", disse o relatório. "Há um custo humano no aumento da disponibilidade de armas." Fonte: Associated Press.

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