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Rússia ordena saída do país de suposto espião da CIA

12:21 | 14/05/2013
A Rússia declarou, nesta terça-feira, o diplomata norte-americano Ryan C. Fogle persona non grata e ordenou sua saída imediata do país. Fogle foi detido por um breve período pelas autoridades russas sob acusação de espionagem. Segundo Moscou, as ações do diplomata são uma reminiscência da Guerra Fria.

O Ministério de Relações Exteriores russo disse que Fogle deve retornar aos Estados Unidos "o mais rápido possível" e declarou que tais "atos provocativos no espírito da Guerra Fria de forma alguma ajudam a fortalecer a confiança mútua" entre Moscou e Washington.

Mas Mark Galeotti, professor da Universidade de Nova York, que estuda os serviços de segurança russos, disse que a exposição pública de Fogle e as imagens divulgadas pela televisão russa sugerem que há um propósito político por trás de sua detenção. Segundo ele, este tipo de incidente com espiões acontece com alguma frequência, mas é raro que se faça tanto estardalhaço com algo no gênero.

"Geralmente, essas questões são tratadas com calma, a menos que se queira enviar uma mensagem, disse Galeotti. "Se você identifica um funcionário de uma embaixada que é um espião para o outro lado, o impulso natural é deixá-lo onde está porque, uma vez identificado, você pode manter o controle, ver com quem conversar e tudo mais. Não há razão para tanto estardalhaço, para detê-lo, expulsá-lo."

A Rússia e os Estados Unidos têm estado em desacordo ultimamente a respeito da Síria, da adoção de crianças russas por norte-americanos e as sanções de Washington contra autoridades russas por supostos abusos aos direitos humanos.

Porém Galeotti disse que o caso Fogle não deve afetar a cooperação entre as agências de contrainteligência dos Estados Unidos e da Rússia sobre o atentado contra a maratona de Boston e os dois suspeitos da ação.

"Todos os que compartilham informações de inteligência sabem que existe um processo paralelo no qual todos espionam todos sobre tudo", disse ele. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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