PUBLICIDADE
Notícias

Polícia proibe manifestações em Bangladesh de 27 mortes

18:46 | 06/05/2013
A polícia proibiu manifestações na capital de Bangladesh a partir de meia noite de segunda-feira depois de pelo menos 27 pessoas terem morrido em confrontos entre a polícia e extremistas islâmicos que pedem que o governo crie uma lei antiblasfêmia, disseram as autoridades.

Ativistas islâmicos estão realizando protestos para pedir que o governo implemente uma lei antiblasfêmia. Eles dizem que usuários de internet recentemente usaram blogs para espalhar o ateísmo e mentiras sobre o Islã. O governo do país, de maioria muçulmana, rejeitou as exigências do grupo, afirmando que Bangladesh é governado por lei seculares e liberais.

No domingo, os manifestantes bloquearam as ruas com pneus em chamas e troncos em mais de cinco horas de confrontos. Eles também atacaram um posto policial e atearam foto em pelo menos 30 veículos, incluindo caminhões, conforme informou o canal de TV Ekattar.

A emissora privada United News of Bangladesh informou que a violência teve início depois de as forças de segurança terem lançado gás lacrimogêneo e usado balas de borracha no distrito comercial.

Uma emissora de televisão ligada à oposição foi invadida e fechada nesta segunda-feira. Segundo o chefe de reportagem da Diganta Television, M. Kamruzzaman, o canal foi tirado do ar por ter mostrado imagens dos confrontos no centro de Daca.

"Cerca de 25 policiais à paisana e um funcionário da Comissão Regulatória de Telecomunicações de Bangladesh (BTRC, na sigla em inglês) entraram no meu escritório e nos tirou do ar", afirmou. "Eles isolaram nossa sala de controle, nossa sala de controle de produção e nossa sala de engenharia. Eles nos disseram que não iremos ao ar até segunda ordem", disse ele.

A emissora, que é de propriedade de um líder do principal partido islâmico de Bangladesh, que é acusado por crimes de guerra, foi fechada uma hora depois de a polícia ter interrompido o protesto de islamitas numa operação realizada durante a madrugada.

A polícia e a BTRC não comentaram o fato, apesar das várias tentativas de contato telefônico. O fechamento do canal de televisão aconteceu um mês depois de um popular jornal opositor ter sido fechado e seu editor detido por sedição e incitamento à tensão religiosa. A polícia também isolou a gráfica do jornal. As informações são da Associated Press.

TAGS