ROMA, 09 Mai 2013 (AFP) - O secretário de Estado americano, John Kerry, manifestou nesta quinta-feira, 9, durante a sua visita à Itália, a sua intenção de esclarecer o ataque ao consulado em Benghazi, que em setembro de 2012 causou a morte de quatro americanos, entre eles o embaixador na Líbia.

No entanto, ele se recusou a comentar as declarações de três diplomatas americanos que denunciaram na quarta-feira ao Congresso o fracasso da administração americana em termos de segurança nessa região, que está entre as mais perigosas do mundo.

Kerry afirmou que não está em posição de emitir opiniões sobre as declarações.
"O Departamento de Estado vai esclarecer tudo" sobre o ataque, garantiu o secretário de Estado. "Estou totalmente comprometido em trazer respostas. Caso haja qualquer culpabilidade merecedora de respostas disciplinares, estas serão dadas", acrescentou.

O embaixador Chris Stevens e outros três americanos foram mortos em 11 de setembro durante este ataque, quando militantes armados invadiram o consulado e um anexo nas proximidades.

O Departamento de Estado foi obrigado no final de 2012 a reconhecer suas falhas em matéria de segurança depois da divulgação de um relatório de uma comissão independente. A ex-secretária de Estado Hillary Clinton declarou na ocasião que "assumiria a responsabilidade" pelas consequências do ataque, mas nunca admitiu qualquer culpa pessoal.

De acordo com autoridades dos Estados Unidos, Kerry pediu uma reunião sobre as audições realizadas no Congresso em seu retorno a Washington, e está aguardando um relatório sobre as possíveis opções em caso de necessidade de medidas disciplinares.