BERLIM, 12 Mai 2013 (AFP) - O ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, condenou o uso de armas químicas em uma entrevista ao semanário alemão Der Spiegel publicada neste domingo, num momento em que o governo sírio, apoiado por Teerã, e os rebeldes se acusam mutuamente de ter recorrido a elas.

Na mesma entrevista, Salehi declarou que o Irã está disposto a participar da conferência internacional sobre a Síria proposta pelos Estados Unidos e pela Rússia e que pode "lançar negociações entre o governo e a oposição na Síria". "Condenamos as armas químicas", declarou ao Der Spiegel o ministro iraniano, lembrando que seu país foi vítima deste tipo de armas durante sua guerra com o Iraque nos anos 1980.

Perguntado sobre a possibilidade de que o Irã deixe de apoiar o presidente sírio, Bashar al-Assad, caso fique claro que utilizou este tipo de armas, Salehi respondeu apenas que Teerã é "categoricamente contra todo tipo de armas de destruição em massa".

Em relação aos esforços diplomáticos para uma resolução da crise síria, Salehi disse que o Irã está disposto a participar da conferência internacional proposta pelos Estados Unidos e pela Rússia, outro dos apoios do presidente Assad.

"Ainda não recebemos convite. Mas, evidentemente, iremos. Podemos lançar negociações entre o governo e a oposição na Síria", declarou o responsável pela diplomacia iraniana.