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Estudante cospe no rosto da ex-presidente Michelle Bachelet

21:54 | 28/05/2013
Um estudante cuspiu no rosto da ex-presidente socialista e candidata à reeleição no Chile, Michelle Bachelet, enquanto participava nesta terça-feira, 28, de um ato eleitoral na cidade de Arica (norte), razão pela qual foi detido. O ataque ocorreu enquanto Bachelet, que lidera as pesquisas com vistas às eleições de 17 de novembro próximo, visitava uma praça na cidade de Arica (2.000 km ao norte de Santiago).

O jornal eletrônico de Arica "El Morrocotudo" identificou o agressor como Elías Sanhueza, um aluno do segundo ano de Antropologia da Universidade de Tarapacá. Após o ataque, "o estudante não quis falar sobre suas motivações, foi agredido por alguns simpatizantes e detido por Carabineiros (policiais)", descreveu o jornal. Horas mais tarde, Bachelet comentou que "uma pessoa que não entende o que é a democracia me agrediu".

"Se acham que vou me aterrorizar, é claro que não me conhecem. Eu voltei para servir ao meu país, e nada, nem ninguém vai impedir que continue trabalhando por um Chile melhor para todos e todas", acrescentou a candidata. Embora o porta-voz da campanha de Bachelet, Álvaro Elizalde, tenha qualificado o fato como "um incidente menor", o mundo político chileno se solidarizou com a ex-presidente (2006-2010).

Primeira mulher a chegar à Presidência em seu país, Bachelet voltou ao Chile em março após permanecer quase três anos à frente do escritório ONU-Mulher, para encarar uma nova candidatura presidencial. Por lei, ela estava impedida de disputar a reeleição direta. Bachelet conta com a sustentação da Concertación, aliança de partidos de centro esquerda que a apoiou em seu primeiro governo e, recentemente, somou-se o apoio do Partido Comunista.

Em 30 de junho, Bachelet disputará as primárias com três aspirantes da Concertación para definir um único candidato do grupo. Por seu grande apoio popular, a vitória de Bachelet nessa instância é dada como certa.

AFP

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