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Tribunal russo rejeita liberdade condicional para integrante do Pussy Riot

A banda de rock feminina foi presa em 2012 na Catedral de Moscou, onde dançaram e cantaram uma "oração punk" pedindo à Virgem Maria que "expulsasse Putin"

17:09 | 26/04/2013
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MOSCOU, 26 Abr 2013 (AFP) - Um tribunal russo rejeitou nesta sexta-feira, 26, o pedido de liberdade condicional de uma das duas jovens do grupo Pussy Riot, Nadejda Tolokonnikova, que cumpre pena de dois anos de prisão por cantar uma "oração punk" contra Vladimir Putin. 

"Conceder liberdade condicional a Tolokonnikova é prematuro, o Tribunal considera que os argumentos da defesa não são convincentes", declarou a juíza Lidia Iakovleva.

A defesa já anunciou sua intenção de apelar da decisão do Tribunal Zoubovo-Polyansky, na região da Mordóvia (640 km a leste de Moscou), onde Tolokonnikova cumpre sua sentença.

"Eu passei bastante tempo no campo, estou cansada de estudar", disse a jovem condenada de 23 anos durante a audiência.

Segundo a lei russa, qualquer pessoa condenada pode receber liberdade condicional depois de cumprir metade de sua sentença, que é o caso de Nadejda Tolokonnikova, que já tinha cumprido seis meses de detenção antes da confirmação de seu veredicto em segunda instância.

Sua advogado, Irina Khrunova, ressaltou que a jovem tinha uma filha ainda criança.
"Ela tem uma família, uma criança. Ela faz falta para a sua filha, é essencial que a família esteja reunida novamente para permitir que a criança se desenvolva plenamente", implorou.

Nadejda Tolokonnikova, Maria Alekhina e Ekaterina Samutsevitch foram presas em fevereiro de 2012 na Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, onde dançaram e cantaram uma "oração punk" pedindo à Virgem Maria que "expulsasse Putin", para denunciar um conluio entre a Igreja Ortodoxa e o poder político.

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