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Jurí condena 23 policiais envolvidos no massacre de Carandiru; penas chegam a 156 anos

11:41 | 21/04/2013
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S¥O PAULO, 21 Abr 2013 (AFP) - Vinte e três policiais foram condenados neste domingo a 156 anos de prisão cada pela participação no massacre de 111 detentos no presídio do Carandiru em 1992. Outros três policiais acusados do massacre no presídio de São Paulo foram liberados.

Os oficiais, em sua maioria aposentados, foram considerados culpados pelas mortes de 15 presos no Carandiru durante uma operação para sufocar uma rebelião em 2 de outubro de 1992, no que ficou conhecido como o "massacre de Carandiru".
A defesa, que argumentou que os policiais atiraram em defesa própria, depois de terem sido ameaçados e agredidos pelos detentos, anunciou que apelará do veredicto.

Sobreviventes do massacre acusaram a polícia de ter atirado contra internos que já haviam se rendido ou estavam escondidos em suas celas. Inicialmente, as autoridades afirmaram que a polícia tentava acabar com uma disputa entre presos em um dos blocos da penitenciária. Mas evidências posteriores sugeriram que a Polícia Militar atacou a tiros os detentos, antes de destruir elementos que poderiam ter sido usados para determinar responsabilidades individuais nos assassinatos.

O comandante da operação, o coronel Ubiratan Guimarães, foi condenado inicialmente a 632 anos de prisão pela má gestão da revolta e as mortes posteriores. Mas em 2006, um tribunal anulou a condenação. No mesmo ano, Guimarães foi encontrado morto em circunstâncias ainda não esclarecidas.

AFP

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