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Juiz do Paquistão ordena prisão de Musharraf por 14 dias

11:26 | 20/04/2013
Um juiz do Paquistão ordenou que o ex-presidente Pervez Musharraf permaneça sob custódia por duas semanas até a próxima audiência sobre um caso relacionado a sua decisão em 2007 de demitir e prender vários juízes do país. A polícia declarou a residência de Musharraf como prisão, abrindo caminho para que ele seja mantido sob o que é, essencialmente, uma prisão domiciliar.

A decisão foi tomada por um tribunal de Islamabad, para onde Musharraf foi levado sob forte segurança enquanto apoiadores e opositores se manifestavam em frente à corte. O acontecimento é o mais recente no drama que emergiu no começo desta semana e atingiu o clímax com a prisão do ex-líder na sexta-feira, depois de uma fuga em um carro em alta velocidade quando Musharraf deixou uma audiência judicial. Ele deverá ser transportado para a residência mais tarde neste sábado.

Musharraf foi preso por causa do julgamento sobre a decisão tomada por ele quando estava no poder de demitir e prender vários juízes, incluindo o chefe de justiça do país, depois de declarar estado de emergência e suspender a Constituição. Na época, Musharraf se mostrava preocupado com a possibilidade de os juízes impedirem sua reeleição à presidência. Como justificativa para o estado de emergência ele também citou a insurgência Taleban no noroeste do país.

No entanto, o movimento teve resultados desastrosos. Os advogados paquistaneses tomaram as ruas em grandes protestos que acabaram enfraquecendo tanto o governo de Musharraf que ele foi forçado a convocar novas eleições e renunciar em 2008. O ex-presidente voltou ao país no mês passado, com esperanças de concorrer na nova eleição, mas foi recebido com pouco apoio popular e desqualificado como possível candidato. Na última quinta-feira ele recebeu ordem de prisão.

Musharraf assumiu o governo do Paquistão em um golpe de Estado em 1999, quando era líder do exército, e ficou no poder por quase uma década. O ex-presidente também enfrenta acusações relacionadas ao assassinato, em 2007, da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto e pela morte, em 2006, de um líder nacionalista. As informações são da Associated Press.

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