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FMI diz que países não adotarão medidas protecionistas

17:07 | 20/04/2013
Os países membros do Fundo Monetário Internacional (FMI) se comprometeram a não fazerem desvalorizações competitivas de suas moedas e nem a adotar medidas protecionistas, de acordo com o comunicado final distribuído neste sábado pelo Comitê Financeiro e Monetário Internacional (IMFC, na sigla em inglês), formado por 24 ministros das finanças e presidentes de bancos centrais e que dá as diretrizes para as políticas do FMI.

Desvalorizações de moedas no mundo desenvolvido e valorização das dividas nos mercados emergentes são reflexos das políticas monetárias que vêm sendo implementadas pelos bancos centrais dos países avançados. Em uma entrevista coletiva neste sábado, a presidente do FMI, Christine Lagarde, destacou que estudos adicionais são necessários para entender a dimensão do impacto e do efeito colateral dessas políticas. O FMI está fazendo uma análise sobre os efeitos do excesso de liquidez no mercado internacional, que deve ser divulgada em maio.

Lagarde disse que há duas preocupações centrais com essas políticas, os efeitos atuais e o que pode acontecer na economia global quando elas forem interrompidas. Os bancos centrais, por exemplo, estão carregados de títulos comprados nos mercados financeiros e a venda desses papéis em um segundo momento pode se refletir nos preços dos ativos e na liquidez internacional.

O documento final da reunião do G-20 divulgado ontem (19) já havia sinalizado o mesmo comprometimento dos 20 países mais riscos do mundo em evitar desvalorizações das moedas e também de buscar maior transparência financeira. O documento do IMFC deste sábado fala no estímulo em buscar maior transparência das transações financeiras e do combate a lavagem de dinheiro. Combater a evasão fiscal é um fator chave para se buscar maior estabilidade no sistema financeiro global, ressalta o documento.

O presidente do IMFC, Tharman Shanmugaratnam, que é ministro das finanças de Cingapura, destacou na mesma coletiva que a reunião foi marcada por discussões produtivas e poucos desacordos. Segundo ele, muito se falou na reunião de primavera do FMI em buscar o crescimento com criação de emprego, inclusive por meio da promoção de reformas estruturais.

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