Empresário é preso suspeito de vender cosméticos falsificados e "fórmula da Juventude" em Fortaleza

Uma das vítimas denunciou ter apresentado queimaduras e queda de cabelo após o uso dos produtos

17:40 | Ago. 05, 2022

Produtos eram vendidos para salões de beleza em Fortaleza (foto: Divulgação/Polícia Civil )

Um empresário de 44 anos foi preso, na última quinta-feira, 4, suspeito de vender cosméticos sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O homem usava a rede social Instagram para apresentar os produtos a proprietários de salões de beleza. Além dos tratamentos de alisamento, condicionadores e máscaras, o suspeito comercializava um produto chamado "fórmula da juventude", que prometia a cura para a velhice. A prisão aconteceu dentro de um shopping em Messejana, na Capital.

As informações da prisão e da investigação foram repassadas pelo titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), Carlos Teófilo. A Especializada da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) realizou as prisões.

Uma vítima, que afirmou à Polícia ter usado os produtos de Ednardo Nogueira Rodrigues, procurou à Delegacia de Defraudações para denunciar as vendas dele. A pessoa relatou que teve queimaduras no couro cabeludo e queda de cabelo após usar o material que era vendido por ele, por meio da empresa chamada Colore Hair. 

A Polícia Civil iniciou as investigações e identificou que o suspeito apresentava os produtos nas redes sociais e que marcava com os clientes, proprietários de salões de beleza, no shopping, onde também alugava uma sala para fazer palestras sobre os tratamentos. A equipe da DDF montou uma campana e flagrou o momento que o empresário fazia a entrega de um kit, que custava R$ 700.

De acordo com o delegado, o suspeito confirmou que comercializava produtos sem autorização dos órgãos sanitários e detalhou que comprava tudo pela Internet. O material vinha do Maranhão, São Paulo e outros lugares, conforme ele.

O suspeito contou aos policiais que embalava os cosméticos e colocava um rótulo próprio para em seguida vendê-los. O local que funcionava como depósito e que o homem apontava como um "instituto" funcionava no Jangurussu. Lá, os policiais encontraram o estoque de cosméticos, suplementos alimentares e até uma "formula da juventude". Além do crime de estelionato, a DDF também realizou o flagrante por charlatanismo.

O delegado explica que falsificar produtos cosméticos é um crime hediondo, pois é um crime que coloca em risco e pode causar danos físicos a muitas pessoas. É um crime de incolumidade pública. Teófilo alerta para que os proprietários de salões de beleza verifiquem sempre a procedência dos kits e do material que eles adquirem.