Policiais começam a usar aplicativo que mapeia pontos de exploração sexual nas CEs

Articulação com o sistema de segurança do Ceará é similar ao que já ocorre com a Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) da Polícia Militar de Pernambuco

10:02 | Nov. 12, 2019

Em todo o Brasil, o número chega a 2,5 mil pontos de vulnerabilidade à exploração sexual de crianças e adolescentes (foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil )

Policiais rodoviários estaduais do Ceará devem começar a utilizar o aplicativo Mapear, que mapeia pontos de exploração sexual de crianças e adolescentes. O objetivo é ampliar a fiscalização e realizar um levantamento de dados que possa contribuir para a elaboração de políticas públicas. 

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) se reuniram nesta segunda-feira, 11, para discutir a inclusão dos PMs no monitoramento.

A intenção é ampliar a fiscalização e realizar um levantamento de dados que contribui com a elaboração de políticas públicas que preservem os direitos de crianças e adolescentes. O projeto também deve direcionar as ações em preventivas e repressivas. Ainda como a responsabilização dos infratores que violam às leis brasileiras.

Conforme a SSPDS, a articulação com o sistema de segurança do Ceará é similar ao que já ocorre com a Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) de Pernambuco. O secretário André Costa colocou a Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp) à disposição para a realização de capacitação dos policiais rodoviários estaduais.

Como funciona o app 

Os dados são coletados a partir das respostas dos questionários preenchidos pelos agentes rodoviários em pontos estratégicos que margeiam as rodovias federais. Em seguida, os pontos mapeados são classificados em níveis de risco alto, médio ou baixo, conforme as condições e circunstâncias catalogadas.

As ações preventivas e de repressão são focadas nesses pontos visando coibir a exploração sexual de crianças e adolescentes, bem como identificar pessoas relacionadas com o tráfico de pessoas, já que, como apresentado pelo integrante da Comissão de Direitos Humanos da Superintendência Regional da PRF no Ceará, Getúlio Lima, a exploração sexual é porta para outros crimes.