Médicos têm maior autonomia para fazer trabalho voluntário em novo programa da Prefeitura

Os profissionais que entrarem no programa ganharão um kit para identificação e serão reconhecidos por instituições municipais da cidade, como o Samu e a AMC

14:09 | Set. 16, 2019

Simulação de atendimento médico. Prefeitura de Fortaleza apresenta Programa de Emergencista Voluntário". (foto: Tatiana Fortes)

Programa do Médico Emergencista Voluntário foi lançado na manhã desta segunda-feira, 16, no Paço Municipal de Fortaleza. Em parceria com a Prefeitura, a iniciativa busca sistematizar o trabalho que os médicos fazem voluntariamente no seu dia a dia. Os profissionais receberão elementos para identificação e serão reconhecidos por instituições municipais que prestam atendimento em acidentes de trânsito ou emergências em geral, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC).

Para o médico Fred Arnaud, presidente da Associação Brasileira de Medicina Emergencista (Abramede), o ponto fundamental para do programa é o reconhecimento do nível de gravidade do caso. “A partir de uma avaliação inicial, é possível acionar as instituições municipais de forma mais rápida ou não acionar, caso o acidente envolva apenas danos materiais”, pontua.

O especialista explica que os requisitos para o médico participar do programa é que ele seja formado em medicina emergencista ou tenha experiência na área, como uma atuação no Samu, por exemplo. Caso tenha vontade de fazer esse trabalho voluntário, o profissional deve se cadastrar através da plataforma Fortaleza Solidária e ter inscrição submetida a uma análise da Abramede. Não há um limite de vagas a serem preenchidas, desde que os requisitos sejam cumpridos. Atualmente, 18 médicos estão cadastrados no programa.

Ainda que esteja disposta a prestar um auxílio quando vê alguma emergência, Carolina Taketomi, médica residente em medicina emergencista e voluntária do programa, relata que já hesitou em prestar atendimento pelo receio de o paciente demonstrar resistência. “As experiências em que queremos ajudar são sempre complicadas, você chega sem identificação, a população não sabe que você é médico. A gente quer ajudar, mas sem se expor a nenhum risco”, ressalta.

O prefeito Roberto Cláudio destacou ainda que esse programa surge como uma forma complementar de fortalecer e integrar a rede pública. Ele prevê a redução de alguns índices fundamentais para a eficiência do atendimento, como o tempo de resposta. “Isso não está acontecendo em substituição ao papel da rede pública. É um sistema complementar que já existia de alguma maneira, mas acontecerá de forma mais sistematizada”, argumenta.

Serviço

O que: Programa Médico Emergencista Voluntário

Quando: Já disponível

Inscrições: https://fortalezasolidaria.org.br/