Carga de celulares roubados no RS é apreendida em Fortaleza

Duas pessoas foram detidas. A carga apreendida no Ceará é avaliada pela Polícia em R$ 100 mil; os suspeitos alegam que compraram o material em São Paulo

19:10 | Mai. 17, 2019

Carga de celulares roubados foi apreendida no Ceará.(foto: Divulgação/SSPDS)>

A Polícia Civil do Ceará apreendeu na última quarta-feira, 15, carga de celulares que havia sido roubada em fevereiro deste ano no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (RS). O material estava com um casal no bairro Quintino Cunha, em Fortaleza, onde estava sendo comercializado.

Os suspeitos presos foram identificados como Carlos Alexandre Moreira Almeida, de 38 anos, e Ana Paula Felix Oliveira, de 31 anos. Eles não tinham passagem pela Polícia. Os detalhes da ação foram repassados em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira, 17.

Conforme o delegado Diego Barreto, titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC), os agentes de segurança receberam informações que os objetos estavam sendo vendidos na Capital. Ao verificar a denúncia, encontraram o material, entraram em contato com a Delegacia de Roubos de Cargas do RS e constataram que eram os eletrônicos roubados.

Aos policiais, os suspeitos alegaram que compraram os celulares por R$ 40 mil, no estado de São Paulo. A carga é avaliada em R$ 100 mil. A Polícia estima que o casal já havia vendido cerca de 200 celulares.

Em fevereiro, quando a carga foi roubada, os criminosos renderam funcionários do aeroporto, pegaram o material no galpão do local e obrigaram o motorista a transportar os aparelhos.

Os agentes de segurança ainda investigam se a dupla integra uma quadrilha e não descartam a participação de outras pessoas. "Estamos tentando descobrir se trata de uma organização criminosa, quais os integrantes que enviaram a carga para cá e se existe mais celulares no mercado daqui", ressaltou Diego Barreto.

Ana Paula e Carlos Alexandre foram conduzidos à delegacia e autuados em flagrante por receptação qualificada.

Diego Barreto alertou que a população evite adquirir materiais de origem duvidosa. Ele ressalta que aparelhos com preço abaixo do valor de mercado ou sem nota fiscal podem ser produtos oriundos de transações ilícitas.